Há histórias lindas e há lendas. Esta história iniciou-se no sábado, dia 1 de Fevereiro de 2020. Hoje em dia parece uma história de outro mundo com tantas coisas que aconteceram em seis meses, é incrível.
Neste dia foi o convívio anual do Senhor Santo Cristo dos Milagres, uma festa importante para o sucesso das grandes festas do Senhor Santo Cristo em Maio. Nesta linda e calorosa festa organizou-se uma angrariação de fundos para a Margarida. Uma menina que precisa de uma operação para salvá-la. A Caixa Portuguesa ganhou Unicórnio e decidiu enviar o unicórnio e o dinheiro.
Seis meses depois, quando todos já tinham quase esquecido esta angariação de fundos, onde todos já pensavam terem chegado a bom porto e que a menina já tinha o unicórnio e o dinheiro, recebi uma chamada da mãe da menina Margarida informando-me que o unicórnio finalmente chegou ao seu destino e que estava bloqueado na alfândega!
A administração da alfândega pediu o preenchimento de vários documentos para a libertação do unicórnio, o que tinha sido feito pela Caixa Portuguesa.
Além disso, a caixa desembolsou 220$ para o envio do pacote.
Isso não foi suficiente, pois exigiram comprovativo de compra, a facturação… o unicórnio custou apenas 20$.
O cúmulo da situação foi que a mãe da Margarida teve de pagar 54 Euros para poder recuperar o unicórnio!
Uma actividade que visava fazer feliz uma menina doente. Aliviar um pouco o seu sofrimento.
Considero mesmo a gestão dos CTT fria e insensível.
Apesar de todos esses obstáculos, o importante é que demos um pouco de alegria a Margarida, como se pode ver nas fotos enviadas pela sua mãe.
Mensagem da mãe: “Gostaria de agradecer à Caixa Portuguesa à Comissão da festa do Senhor Santo Cristo, à Associação QuebeQuente e à comunidade portuguesa de Montreal pelo donativo de 5000$ que depois de ter sido trocado para Euros rendeu 3210 Euros”.
No final o mais importante é de reconfortar a pequena Margarida apesar da má gestão dos CTT, gestor dos correios em Portugal. Uma verdadeira tristeza.
Obrigado gente de bom coração, como sempre aquele abraço de amizade.