A Eslovénia suspendeu, “por precaução”, as vacinas da AstraZeneca contra a covid-19, juntando-se a uma cada vez maior lista de países que tomaram a mesma medida por receios de efeitos secundários.
“Tomei a decisão de suspender temporariamente” a utilização da vacina do laboratório anglo-sueco AstraZeneca e da Universidade de Oxford “para assegurar o mais alto nível de segurança possível aos concidadãos”, declarou o ministro da Saúde esloveno, Janez Poklukar, numa conferência de imprensa. “Não existe uma razão médica que justifique esta interrupção, mas é uma medida preventiva numa altura em que se aguarda um parecer” da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), acrescentou. Alemanha, França, Itália, Espanha, Países Baixos, Irlanda e Bulgária anunciaram decisões idênticas, assim como vários países nórdicos o fizeram na semana passada. A EMA já indicou que irá realizar quinta-feira uma “reunião extraordinária” sobre a vacina, acrescentando, porém, que os benefícios superam sempre os riscos.
Os efeitos secundários suspeitos incluem coágulos sanguíneos, com alguns casos envolvendo “características incomuns”, como a baixa contagem de plaquetas, disse a agência, explicando, porém, que esses casos dizem respeito a “um número muito pequeno de pessoas que receberam a vacina”. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que continua a recomendar a AstraZeneca, reunirá terça-feira o seu grupo de especialistas.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.654.089 mortos no mundo, resultantes de mais de 119,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.