O Benfica deu um pontapé na crise, depois de quatro jogos sem conseguir vencer, regressando esta noite às vitórias num grande jogo no Estádio da Luz. Depois de uma primeira parte repartida, com duas bolas nos postes, uma para cada lado, a equipa de Jorge Jesus impôs-se definitivamente no segundo tempo, com golos de Seferovic e Pizzi. Uma vitória importante, que permite à equipa da Luz ganhar pontos ao Sporting e FC Porto que empataram no clássico do Dragão. Desta vez, o Benfica teve oxigénio até ao fim.
No meio de uma crise de resultados, o jogo de apresentou-se como um verdadeiro quebra-cabeças para Jorge Jesus que, face às ausências de Otamendi (castigado) e Vertonghen (lesionado), teve de regressar ao 4x4x2, com Lucas Veríssimo a estrear-se neste sistema e ao lado de Jardel no seu primeiro jogo no Estádio da Luz. Uma defesa nova e um ataque também improvisado, com Waldschmidt ao lado de Seferovic, face à indisponibilidade de Darwin, também por motivos físicos. Alterações que implicavam mudanças estruturais, mas a verdade é que o Benfica entrou bem no jogo, com a equipa bem subida, a jogar no meio-campo do Rio Ave. A equipa de Vila do Conde, com três centrais e ainda com Pelé a reforçar o eixo, procurou suster a entrada forte do Benfica, mas sentia tremendas dificuldades em sair a jogar, submetida de imediato à forte pressão dos encarnados na zona de construção. O jogo começou a virar quando o Rio Ave encontrou uma saída mais segura, quase sempre pela esquerda, procurando explorar as costas de Diogo Gonçalves e a velocidade de Rafael Camacho. Carlos Mané provocou um primeiro susto, com um remate de muito longe. Lucas Veríssimo não chegou à bola e Helton Leite teve de voar para impedir o primeiro golo do jogo. Logo a seguir, Gelson Dala, com um excelente pormenor, conseguiu furar na esquerda e atirou também ao poste. O jogo estava, nesta altura, totalmente aberto, com oportunidades nas duas balizas.
O Benfica, com mais posse de bola, procurava prender o jogo no meio-campo do Rio Ave, procurando agora profundidade pelas alas, com Diogo Gonçalves e Rafa de um lado, Grimaldo e Everton do outro, a procurar caminhos para a área de Kieszeck, mas a verdade é que sempre que o Rio Ave conseguia sair a jogar, criava perigo. Francisco Geraldes voltou a colocar Helton Leite à prova, depois de um bom lance de Sávio, Filipe Augusto também teve uma oportunidade e, mesmo a fechar a primeira parte, Rafael Camacho protagonizou a melhor oportunidade do Rio Ave, aproveitando um desentendimento entre Lucas Silva e Helton para, de ângulo apertado, atirar às malhas laterais.
Pressão crescente na segunda parte
O Benfica acabou a primeira parte a tremer, mas voltou a entrar forte no segundo tempo. Depois de um intervalo prolongado, com o Rio Ave a regressar atrasado para o segundo tempo, o Benfica voltou a instalar-se no meio-campo do Rio Ave submetendo a equipa de Miguel Cardoso a uma pressão insustentável, jogando os primeiros dez minutos praticamente dentro da área de Kieszek.
Uma vitória totalmente justificada no segundo tempo, em que o Benfica foi claramente superior ao Rio Ave que caiu a pique em relação à primeira parte.