F1: George Russell, da MERCEDES, Venceu o Grande Prémio Do Canadá

Para este Grande Prémio do Canadá, não necessito de grandes apresentações, pois a sua popularidade e visibilidade, com alcance em quatro continentes, já conferem a ele um prestígio impressionante. No entanto, deixem-me contar que para nós foi uma semana intensa e difícil na busca de uma entrevista ou até mesmo de uma simples fotografia. E, sobre as modificações no paddock, que posso dizer? Está mais moderno, mais bonito, mas, para nós, muito menos acessível, especialmente no que diz respeito ao contato com os pilotos. Isso porque os estúdios de cada equipa foram construídos com dois andares.
Agradeço aos muitos portugueses que vieram nos cumprimentar no dia das portas abertas e aproveitaram a ocasião para trocar diversos pontos de vista sobre a Fórmula 1.
Passando agora ao relato completo desta décima prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, que teve como palco o Circuito Gilles Villeneuve, na ilha Notre-Dame, em Montréal. O circuito possui 14 curvas, 70 voltas, três zonas de DRS e 4,361 km de extensão. Este ano, houve um novo recorde de público, com mais de 350 mil pessoas presentes ao longo dos três dias de evento. Recordo que foi aqui, neste circuito, que Jean Alesi conquistou a sua primeira vitória, há 30 anos. E pela primeira vez, o Canadá recebeu a quarta prova da F1 Academy, que terá presença garantida até 2028. A francesa Doriane Pin foi a vencedora da primeira das três corridas do fim de semana.
Quinta-feira: Hamilton defende Vasseur e afirma: “Ficarei na Ferrari por muito tempo”, reiterando o mesmo para Charles Leclerc. Enquanto isso, George Russell tem um pressentimento de que Verstappen pode ser o próximo alvo da Mercedes, e acredita que o holandês está sob o radar da FIA. Se Verstappen for penalizado por apenas um ponto, poderá ser suspenso de uma corrida.

Sexta-feira: Charles Leclerc, da Ferrari, foi o piloto mais rápido nas primeiras quatro voltas. No entanto, ao atacar a curva 4, sofreu um violento acidente contra os muros de proteção, originando uma bandeira vermelha e a neutralização da sessão de TL1. Mas os problemas não pararam por aí: Hamilton, que teve problemas na curva Senna, conseguiu terminar em quinto, com Max Verstappen sendo o mais rápido da sessão. Albon e Sainz, da Williams, ocuparam as posições segunda e terceira, respetivamente. No TL2, as coisas mudaram, e a Mercedes fez uma “sandwich” na McLaren, com George Russell, Lando Norris e o recruta Antonelli se destacando.

Sábado: No TL3, a última sessão antes da qualificação, Oscar Piastri, da McLaren, raspou o muro dos Campeões e estourou o pneu traseiro esquerdo, provocando outra bandeira vermelha e a neutralização da sessão. Hulkemberg teve sorte, já que, após um pião, escapou por milímetros de sofrer o mesmo destino de Piastri. Bearman, da Haas, foi o quarto piloto a bater no mesmo muro, deixando muitos detritos na pista. Norris, Leclerc, e Russell ficaram entre os três primeiros, separados por apenas 0,078 segundos.
A qualificação começou de forma eletricamente animada, com todos os pilotos separados por milésimos de segundo. Alexander Albon teve uma pane mecânica e viu a cobertura do motor do seu Williams sair voando, o que originou outra bandeira vermelha e a neutralização da sessão. Fernando Alonso, da Aston Martin, fez o melhor tempo no Q1 (1:12.280), mas, no final da fase, Bortoleto, Sainz, Stroll, Lawson e Gasly ficaram eliminados. Lando Norris continuou no topo da tabela com 1:11.826.
No Q2, Russell foi o mais rápido com 1:11.570, eliminando Tsunoda, Colapinto, Hulkemberg, Bearman e Ocon. A pole position foi para George Russell, da Mercedes, com 1:10.899, seguido por Max Verstappen (Red Bull) e Oscar Piastri (McLaren). Antonelli, Hamilton, Alonso, Norris, Leclerc, Hadjar e Albon completaram os dez primeiros. Surpreso com a sua pole, Russell comentou: “Foi uma surpresa para mim.” Max Verstappen disse estar “muito contente com o carro e veremos o que acontece amanhã.”
Domingo: Após serem penalizados por troca de elementos não legais no parque fechado, Liam Lawson e Pierre Gasly partiram da linha dos pits. Às 14h, a corrida começou, e George Russell teve uma excelente largada, fechando a porta a Verstappen e assumindo a liderança. Antonelli, o recruta da Mercedes, fez uma largada impecável e ultrapassou Piastri, conquistando a terceira posição. Albon foi para a relva e perdeu posições, enquanto Hulkemberg, da Sauber, subiu para a nona colocação. Na quinta volta, Hamilton, Alonso e Norris mantinham seus lugares em pista. À décima volta, Russell estava a 1.822 segundos de Verstappen, e aos 13 minutos, o holandês foi para as boxes para colocar pneus duros, seguido por Russell, que retornou à frente de Verstappen.
Aos 28 minutos, Fernando Alonso, da Aston Martin, ultrapassou Tsunoda e voltou para o top 10. Na volta 35, George Russell reassumiu a liderança da corrida, e Hamilton, na volta 37, atropelou uma marmota. Na volta 48, Charles Leclerc, da Ferrari, tornou-se o novo líder, mas foi penalizado com 10 segundos pela FIA na volta 50, por ter atirado Gasly fora da pista.
Na volta 52, foi evidente que a McLaren, pela primeira vez nesta temporada, não estava na luta pelo pódio. Na volta 56, Liam Lawson, da AlphaTauri, abandonou a corrida com o carro totalmente danificado, seguido por Alexander Albon, da Williams. Aos 67 minutos, Lando Norris, da McLaren, cometeu um erro ao tentar ultrapassar o seu companheiro de equipa, Oscar Piastri, e bateu violentamente no muro de proteção, quebrando a suspensão dianteira. Isso provocou a entrada do carro de segurança, que permaneceu em pista até o fim da corrida. Norris lamentou: “Foi um enorme erro meu, uma verdadeira estupidez.”
George Russell conquistou sua primeira vitória da temporada, a quarta da sua carreira e a quinta da Mercedes no Canadá. Max Verstappen, da Red Bull, terminou em segundo lugar, e o jovem recruta Kimi Antonelli, da Mercedes, conquistou seu primeiro pódio na Fórmula 1, sendo também nomeado piloto do dia. Antonelli comentou: “Foi uma corrida muito intensa e cheia de nervosismo, mas a chave foi o arranque, consegui ultrapassar Óscar Piastri.”
Este é o primeiro pódio duplo da Mercedes desde Las Vegas 2024. Piastri, Leclerc, Hamilton, Alonso, Hulkemberg, Ocon e Sainz completaram os dez primeiros.
A Aston Martin fez uma boa corrida, com Fernando Alonso visava o oitavo lugar, mas terminou em sétimo. Já o canadiano Lance Stroll terminou em 17º. “Vamos focar agora na Áustria”, disse Alonso. No Mundial de Pilotos, Oscar Piastri lidera com 198 pontos, seguido de Lando Norris com 176 e Max Verstappen com 155.
O próximo encontro será no Grande Prémio da Áustria, a 29 de junho.