Leões superam gladiadores numa arena muito pouco de pré-época

Um triunfo de boas notícias, num jogo que de pré-época teve pouco.
O Sporting venceu esta a noite a Roma (3-2), no Estádio do Algarve, num jogo particular. No calor algarvio, a partida foi também ela bem «quentinha». Ou não estivéssemos num duelo entre leões e gladiadores.

Uma noite de reencontros
A noite, diga-se, foi de reencontros.
Desde logo, o de Rui Patrício com o clube onde se fez homem no futebol. O guarda-redes da Roma teve uma receção calorosa por parte dos antigos colegas que reviu, nem tanto dos adeptos. Houve muitos aplausos, sim, mas também bastantes assobios.
José Mourinho, timoneiro dos giallorossi, também esteve com algumas caras conhecidas, assim como Svilar, Matic ou Cristante, jogadores do plantel romano que têm um passado ligado ao Benfica.

As boas notícias verdes e brancas
Mas falando de bola pura e dura, este é um triunfo de boas notícias para o Sporting. As boas indicações do encontro ante o Villarreal, diga-se, mantiveram-se esta terça-feira. O leão está vivo e recomenda-se.

FILME DO JOGO.
Em relação a essa partida, de resto, Amorim alterou cinco peças no onze titular, com dois reforços: Franco Israel e Rochinha – o onze completo: Franco Israel, Pedro Porro, Luís Neto, Coates, Gonçalo Inácio e Matheus Reis; Ugarte e Matheus Nunes; Marcus Edwards, Rochinha e Pedro Gonçalves.
E na Arena de Loulé, os onze leões que estiveram em campo foram sempre superiores aos gladiadores italianos.
Mesmo que tenha faltado alguma acutilância ofensiva aqui e ali, esta é uma vitória que não deixa margem para dúvidas, perante um adversário que impõe respeito.
Mas as boas notícias não ficam por aqui.
Pedro Gonçalves voltou a fazer o gosto ao pé, por exemplo. Depois de uma segunda metade da época mais discreta em 2021/22, Pote tem ameaçado voltar ao nível que fez dele o melhor marcador da Liga em 2020/21.
Está solto, confiante e clínico na finalização. Obrigou Rui Patrício a trabalhos forçados logo no início do encontro e inaugurou o marcador, depois de um penálti conquistado por Marcus Edwards.
Na segunda parte, voltou a mostrar serviço. Gonçalo Inácio havia feito o empate com um autogolo, numa das poucas aproximações da Roma à baliza verde e branca, mas Pote ajudou-o a assinar a redenção com um cruzamento de belo efeito – o jovem central respondeu com um cabeceamento de igual qualidade.
A outra boa notícia chama-se Francisco Trincão: o futebolista luso contratado ao Barcelona foi lançado para a segunda parte e após alguns minutos de timidez, mostrou o porquê de ser o elemento leonino que mais expectativa tem gerado esta época.
Entendeu-se com Porro e assinou um par de lances individuais de alto nível – Pote teve o bis nas pés depois de um desses lances.

Tabata fechou as contas
entre os ânimos exaltados
A Roma diga-se, além de uma agressividade algo exagerada para esta altura da temporada, mostrou pouco mais. E esse algo mais foi da responsabilidade de Abraham, aos 68 minutos: o inglês ultrapassou Coates com um grande trabalho e serviu de bandeja Pellegrini para o empate.
Nessa altura, diga-se, já os ânimos estavam exaltados. Mas ainda piorou.
Primeiro foi Zaniolo, depois Veretout e Matheus Nunes também trocaram argumentos e até Adán e Cristante subiram o tom depois de uma falta ofensiva do último. Tudo muito exagerado, principalmente olhando para o contexto de pré-época que se vive.
Entre leões e gladiadores, saíram por cima os leões. O golo de Tabata, a poucos minutos do apito final, deu justiça a um resultado que já pouco interessava para a noite de Ruben Amorim: as boas notícias já haviam chegado por essa altura.