LIVRO HORIZONTES

O nosso colaborador Manuel Carvalho acaba de publicar mais um livro que reúne os livros “Saga”,” Parc du Portugal”, À beira-Main” e, agora, uma quarta parte intitulada “Horizontes”, que, sempre com as mesmas personagens, vem completar este leque de crónicas cuja acção decorre entre 1980 e 2020. Como escreveu o professor Onésimo Teotónio Almeida, “são narrativas curtas mas incisivas que desenham personagens e situações cheias de humanismo” e que narram a história de cinco famílias de origem portuguesa residentes em Montreal e que, globalmente, pretendem ser o espelho da vivência da nossa comunidade nestas terras.
Este livro tem duas edições, uma destinada ao Canadá, cuja apresentação ainda não tem data marcada, à espera que a pandemia assim o permita e uma outra em Portugal que saiu da forja a semana passada.
A concretização da edição portuguesa tem uma história muito interessante que merece ser contada. O autor pedira ao conhecido e prestigiado professor e escritor Onésimo Teotónio Almeida um breve prefácio para a edição canadiana, o que este, sempre generoso, se prestou de imediato a fazer mas, agradado pela qualidade dos textos, não se ficou por aí a sua actuação. Numa reunião com a dra. Berta Nunes, Secretária das Comunidades Portuguesas falou elogiosamente do livro e da obra do Manuel Carvalho e tudo se desenvolveu vertiginosamente. A senhora contactou de imediato o dr. Artur Nunes, na altura Presidente da Câmara de Miranda do Douro, terra do autor e, depois de posterior troca de emails entre o prof. Onésimo e a autarquia, ficou acordado que a Câmara iria apoiar a publicação da obra em Portugal. Mais uma vez, o prof. Onésimo, o grande impulsionador deste projecto, contactou uma editora sua conhecida capaz de se encarregar do trabalho.
Tanto a edição canadiana como a portuguesa têm ilustrações da conhecida e talentosa pintora Maria João Sousa (Majao) que, aliás, tem ilustrado os últimos livro do autor.
Manuel Carvalho, que tem atravessado uma fase muito difícil da sua vida, devido a sucessivas doenças, ficou muito sensibilizado e feliz com a concretização da inesperada edição portuguesa que era um sonho que ele alimentava há muito tempo, que, de certa forma, o vem recompensar da sua coragem e resiliência na adversidade.
Recorde-se que, já depois de atingido pela doença, nunca deixou de sonhar e criar, tendo o ano passdo dado à estampa uma monumental Antologia Literária (Satúrnia) de autores luso-canadianos que reuniu cerca de 120 autores com livros publicados e que ficará na história da nossa literatura como um marco incontornável de estudo e consulta para os interessados pela letras luso-canadianas.