O Benfica tem a Champions pelos cabelos, mas no bom sentido. A equipa portuguesa foi a Amesterdão vencer o Ajax, por 1-0, e garantiu o regresso aos quartos de final da prova europeia.
Muito se falou do penteado de Darwin Núñez depois da conferência de lançamento do encontro, e o avançado uruguaio, que teve o “fair play” de entrar na paródia, soube usar a cabeça para garantir o triunfo.
O Benfica foi solidário e coeso perante o domínio territorial do Ajax, e depois teve o mérito de aproveitar um lance de bola parada para seguir em frente. Seis anos depois está de regresso aos quartos de final.
O Ajax entrou forte no jogo, e logo ao minuto 7 teve um golo anulado a Haller por fora de jogo de Tadic, o principal impulsionador do ímpeto inicial da equipa da casa.
Mas se nesse arranque de jogo o Benfica foi mantendo a defesa holandesa em sentido, sobretudo por causa das arrancadas de Darwin, o tempo de jogo foi tornando o Ajax mais dominador, mais pressionante e mais perigoso.
O Benfica passou a sentir mais dificuldades para sair em transição e teve de apelar a um enorme sacrifício tático, físico e mental para fechar as linhas. Weigl teve de ser mais um terceiro central do que médio, Taarabt foi uma espécie de segundo lateral direito até sair, ao intervalo.
É verdade que os remates do Ajax na primeira parte surgiram sobretudo de fora da área, ou em lances de bola parada, mas a equipa de Ten Hag teve claro ascendente.
Veríssimo deu o sinal
O Benfica regressou dos balneários com Meïté no lugar de Taarabt, para reforçar o apoio a Weigl, mas sobretudo para auxiliar Gilberto, constantemente atacado por Tadic e Gravenberch.
A equipa portuguesa conseguiu segurar melhor o adversário e foi aproveitando os lances de bola parada para criar perigo. Jan Vertonghen foi assustar à área contrária, ao minuto 58, mas o cabeceamento saiu demasiado torto.
O Ajax respondeu com um cabeceamento de Antony, mas a segunda substituição de Nélson Veríssimo – entrada de Yaremchuk para o lugar de Everton – disse à equipa que tinha de manter os olhos na baliza de Onana. Nem que fosse de bola parada.
Foi assim que o Benfica chegou ao golo. Gonçalo Ramos ganhou uma falta em jeito de canto curto e Grimaldo cobrou um livre ao qual Darwin chegou primeiro com a cabeça do que o guarda-redes do Ajax com as mãos (77m).
O peso do golo ficou bem patente na reação imediata dos jogadores do Ajax. Os jogadores mais experientes apelaram a uma resposta, mas Erik ten Hag sentiu a falta de alternativas capazes de fazer a diferença a partir do banco.
De forma bastante segura, o Benfica conseguiu controlar o adversário nos minutos finais e acabou a festejar no relvado da Johan Cruyff Arena.