A comunidade está a renascer pouco a pouco com vários eventos através de Montreal. A Casa dos Açores e a Associação Portuguesa do Canadá não pára de organizar eventos e não só… Venho por este meio informar todos os amadores de filmes que Rui Silveira, realizador do filme Os Olhos do Meu Amor, que documenta o processo criativo da comunidade da minha terra natal, na realização das Festas das Flores de Campo Maior. Vai estar presente nas duas sessões para uma discussão com o público.
A primeira sessão já se encontra anunciada no site do Cinéma Public, sábado dia 28 de maio às 17h : https://cinemapublic.ca/films/os-olhos-do-meu-amor.
A segunda projeção é numa quinta-feira, dia 9 de junho às 18h.
Cinéma Public × Casa d’Italia
505, rue Jean-Talon Est, Montréal (QC) H2R 1T6
Mais informaçao sobre o filme:
A actualidade de Os Olhos do meu Amor assenta em vários pontos: retrata a última e a mais ambiciosa edição do evento, realizada em 2015 (a próxima edição está prevista para 2023); foi considerada Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO em dezembro de 2021; e aborda questões de sustentabilidade tanto ao nível de viabilidade económica como ecológica. Trata-se de uma co-produção luso-canadiana que teve a sua estreia mundial no Rencontres internationales du documentaire de Montréal (RIDM – 2019), onde esteve em competição na secção Nouveaux Regards. O filme apresenta um ponto de vista poético e pessoal do evento, desenvolvendo-se a partir da minha avó materna, para acompanhar de seguida os sete meses de trabalho da população até à apresentação pública dos trabalhos e à sua subsequente desmontagem.
Teaser : https://vimeo.com/337846449
Sinopse: De quatro em quatro anos, os habitantes de Campo Maior reinventam a sua vila: cada rua é decorada com uma sumptuosa decoração floral de papel, feita ao longo de muitos meses antes de ser revelada ao público. Rui Silveira filma esta tradição da sua vila natal, levando-nos numa viagem intemporal. Atento ao mais pequeno gesto, fala da paciência, do saber-fazer e da beleza desta arte efémera que mantém vivo o espírito comunitário. A fragilidade das flores de papel, ameaçadas pelo tempo, bem como pela ganância dos turistas, ecoa um mundo ancestral que tenta preservar a sua integridade.
Biografia do realizador : Nascido em 1983 em Campo Maior, Rui Silveira é um artista e realizador baseado em Montreal, no Canadá. Estudou na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, na Maumaus – Escola de Artes Visuais (Lisboa) e é actualmente doutorando na Universidade do Quebeque, em Montreal. Através do seu interesse pelas práticas documentais de observação ou participativas, interessa-se pelos intercâmbios que as comunidades mantêm com o meio ambiente e pela forma como estes influenciam as representações culturais que definem essas comunidades. Os seus filmes foram apresentados em várias exposições e festivais de cinema nacionais e internacionais.