A partir de 1 de julho, os aeroportos açorianos começam a receber o turismo nacional e internacional sem a necessidade de quarentenas. A Região Autónoma dos Açores, considerada limpa, direciona-se, neste importante setor, ao regresso à economia.
Revela a revista “Forbes” que os Açores pós pandemia é o quarto destino de eleição recomendado pela “European Best Destinations”. Uma lista de vinte lugares, tidos como seguros, coloca a Região Autónoma na quarta opção no turismo europeu, atrás da Geórgia, Grécia e Croácia e acima do Alentejo e do Algarve, um prémio justo para o trabalho competente do Governo Regional dos Açores no combate à pandemia.
Os agentes de turismo, no seguimento da paragem turística imposta, com todas as consequências económicas que advieram do surto epidémico, procuram desesperadamente regiões limpas de Covid e começam a organizar programas de férias para esses destinos.
Recentemente, a autoridade regional de saúde anunciou a inexistência de casos positivos na região. As 296 análises realizadas nos dois laboratórios de referência nos Açores revelam zero casos positivos de Covid 19. Os números explicam que, de 146 casos de infeção, houve 129 recuperados, 16 óbitos e um último caso de recuperação, uma mulher de 45 anos, residente em São Miguel, profissional na Estrutura Residencial para Idosos da Santa Casa da Misericórdia do Nordeste. Recordamos que esta instituição micaelense foi fortemente atingida pela Covid 19. De um total de 16 vítimas mortais nos Açores, 12 eram utentes desta estrutura residencial.
Terá sido essa a razão que levou o Presidente da República a visitar o inditoso lar numa primeira visita fora do território continental português, desde que começou a pandemia. Marcelo, numa manifestação de solidariedade e pesar, fez questão em reunir com o Presidente do Governo Regional dos Açores no Centro de Divulgação Florestal do Nordeste.
Importa ainda afirmar que esta visita do Presidente da República aos Açores traz consigo outra missão, a todos os títulos nobre, a de vir aplaudir a competência e esforço demonstrados pelo Presidente do Governo Regional e executivo açoriano, que, contra ventos e marés, às vezes vindos de onde menos se esperava, até do próprio Primeiro-Ministro, lutou com severidade e alcançou este resultado, que é de excelência, dando uma lição ao país.
Nos Açores, não houve turismo durante os meses de abril e maio, na sequência do combate à pandemia, privação que resultou no encerramento de unidades hoteleiras e de voos entre ilhas açorianas e das ilhas para outros territórios. A partir de 1 de julho, os aeroportos açorianos começam a receber o turismo nacional e internacional sem a necessidade de quarentenas. A Região Autónoma dos Açores, presentemente considerada limpa, direciona-se, neste importante setor, ao regresso à economia.
Há que ter os maiores cuidados na receção aos desembarcados nos aeroportos açorianos, organizando-se filas distintas e atendimentos separados aos passageiros previamente testados na origem e aos que só o são no destino. Só assim se preservará este estatuto raro, que importa manter, de quarta região saudável do mundo.
TEXTO DE: João Gago da Câmara
FOTOS DE: Paulino Pavão