Portugal sagrou-se este domingo bicampeão da Europa de futsal. Os novos conquistadores do desporto português regressam na segunda-feira (09.00) a Lisboa com mais um troféu na bagagem e vão diretos ao Palácio de Belém mostrá-lo ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que já este domingo destacou a “vontade e competência” da seleção na revalidação do título europeu.
O trajeto para Belém já começa a ser rotineiro. É o terceiro troféu internacional consecutivo em menos de quatro anos, depois do europeu de 2018 e do mundial de 2021. E todos sob a liderança de Jorge Braz, o transmontano irredutível que lidera a seleção desde 2010.
A seleção nacional sagrou-se ontem bicampeã europeia, após mais uma reviravolta épica para levar de vencida a Rússia na final do Euro 2022 (4-2). Na Ziggo Dome, em Amesterdão, os portugueses estiveram a perder por 2-0, mas deram a volta ao marcador, com golo de Tomás Paçó, André Coelho (dois) e Pany Varela. Zicky Té (20 anos) ficou em branco na final, mas foi eleito o melhor jogador da prova.
Ricardinho desta vez esteve a torcer do lado de fora, na companhia da capitã da seleção feminina, Ana Azevedo, Luís Figo, Humberto Coelho e Fernando Gomes, mas logo após o apito final juntou-se à festa dos novos campeões europeus no pavilhão e ao som dos Da Vinci e da música Conquistador, escolhida pelos jogadores para festejar mais uma conquista histórica e que será duradoura. Tal como diz a letra da música que venceu o Festival da Canção em 1989 também eles foram até ao fim, cantaram novas vitórias, ergueram orgulhosas bandeiras, viveram a aventuras guerreiras e mil epopeias.
A glória europeia foi assim revalidada com a centésima vitória oficial de uma seleção que não perde um jogo oficial em tempo regulamentar há quase seis anos (desde o Mundial de 2016). São já 34 jogos seguidos sempre a vencer. É ainda a primeira vez que uma equipa consegue vencer dois europeus e um mundial seguidos. A prova vai passar por uma reformulação e só haverá novo campeonato da Europa daqui a oito anos, o que significa que o reinado dos conquistadores portugueses vai ser longo…
“Afirmação de Portugal como a maior potência mundial do futsal”
“Fomos Portugal e tivemos muito orgulho no nosso futsal, no nosso desporto. Fomos felizes todos os dias aqui. Estava com a alma cheia e tinha que terminar assim. Faltava-lhes acreditar um pouco nisso, mas foram fantásticos”, assim resumiu o selecionador português mais uma reviravolta no marcador, que, desta vez, valeu um título europeu.
Destacando que “a Rússia complicou” a missão da seleção, porque “tem muita qualidade e é de topo mundial”, Jorge Braz direcionou o mérito para os seus jogadores, dizendo que o orgulho que sente por eles “é intocável” fosse qual fosse o resultado. “Agora e desfrutar da vitória” e pensar na revalidação do outro título… o mundial em 2024! (Isaura Almeida|DN)