O que futebol dá, o futebol tira

O que o futebol dá, o futebol tira. É cruel, implacável.
A Seleção fez frente à França, vice-campeã mundial, encheu-se de coragem e esteve perto de ganhar – deu sempre essa ideia, de resto. No entanto, não é dos justos que raza a história do futebol, mas dos implacáveis. E nos penáltis, os gauleses estiveram irrepreensíveis ao contrário de Portugal, que se despede do Campeonato da Europa (3-5).
É o fim de um sonho e de figuras de uma geração que tinha qualidade para chegar mais longe. As lágrimas de Pepe, agarrado a Ronaldo após os penáltis, significam o fim de uma era – e que viagem foi!
Portugal ousou tentar ser do tamanho do seu sonho contra uma das seleções favoritas. Encheu-se de coragem, de fé e deu imagem real do seu valor. Deixou-nos com um pequeno brilho de entusiasmo nos olhos. A Seleção teve qualidade, critério com bola e acima de tudo, um plano que não mostrava medo do poderio gualês.
Martínez manteve o 4x3x3,
mas deu a bola aos criadores
Percebeu-se a ideia: entregar a batuta a Vitinha (que bem joga!), a Bruno Fernandes e a Bernardo Silva. O jogador do Manchester City foi o «jóquer» e apareceu na versão criador (como é exigido), jogando bem mais por dentro do que nos jogos anteriores. E Leão foi a aposta para desmontar a França – nem sequer baixava para acompanhar Koundé para a Seleção ter sempre a hipótese de sair rápido em transição.
No fundo, Portugal jogou o jogo em que é bom e que se exige a este grupo. Com bola, a ditar os tempos de jogos, a fazer o adversário correr, enfim, a ser Portugal. Faltou, ainda assim, maior poder de fogo. Duas ou três arrancadas de Leão e dois remates fora do alvo de Bruno Fernandes foram insuficientes para a equipa nacional marcar na primeira parte.
«Le Bleus» aguentaram o golpe e ripostaram duas vezes à passagem dos 20 minutos com duas ameaças. Primeiro foi Theo e depois, Mbappé, mas esbarraram num Diogo Costa ainda em versão do jogo anterior.
A segunda parte foi distinta embora a Seleção tenha começa melhor. As primeiras ocasiões foram, de resto, portuguesas, mas nem Vitinha nem Bruno Fernandes tiveram arte para bater Maignan. Deschamps sentiu o perigo e alterou, lançando Dembélé para o lugar de Griezmann.
A França cresceu à boleia da velocidade do extremo do PSG e assustou como nunca tinha feito antes. Rúben Dias fez o que parecia impossível e travou o remate de Kolo Muani na cara de Diogo Costa. Sem nenhum herói para impedir o golo, valeu a Portugal a perdida de Camavinga na pequena área.
Roberto Martínez sentiu o jogo fugir à «equipa das Quinas» e trocou João Cancelo e Bruno Fernandes por Nélson Semedo e Francisco Conceição. Portugal recuperou o controlo, mas sem ameaçar verdadeiramente. Nem os portugueses nem os franceses estavam dispostos a arriscar, de resto – gritava-se prolongamento. A França raramente incomodou Portugal com exceção a um lance de Thuram que Pepe anulou com a classe que lhe é reconhecida e um remate de Barcola à malha lateral – tinha substituído Dembélé. Por sua vez, a Seleção nacional teve duas boas ocasiões para fechar a eliminatória e reservar um lugar nas meias-finais. A melhor de todas foi no último suspiro do prolongamento com Bernardo a entregar a Nuno Mendes a possibilidade de ser herói, mas o remate acabou nas mãos de Maignan.
Por ora, já Félix e Matheus Nunes estavam em campo, quiçá a pensar nas grandes penalidades. O médio do Manchester City não chegou a ter oportunidade de bater um penálti, uma vez que a França não desperdiçou nenhum dos cinco que tentou e aproveitou o único falhado por Portugal, da autoria de Félix, para marcar duelo com a Espanha nas meias-finais. Por um centímetro se perde, por um centímetro se ganha.

Com Ana Moura: A LÍNGUA DE CAMÕES BRILHOU NO PLACE DES ARTS

O passado dia 3 de julho especial para os fãs da boa música portuguesa em Montreal. A renomada fadista e cantora lusófona foi convidada a atuar pela organização no Festival Internacional de Jazz. O famoso e cosmopolita festival decorreu em Montreal de 27 de junho a 6 de julho, trazendo muitos artistas aos palcos da cidade. Com Ana Moura, o Théâtre Maisonneuve encheu-se com um público heterogéneo, das mais variadas nacionalidades e etnias, entre os quais, não sendo a maioria infelizmente, muitos portugueses ansiosos para ouvir cantar esta diva da música portuguesa.
Ana Moura foi considerada pelo site All Music a fadista mais bem-sucedida do século XXI, vendendo mais de 1 milhão de discos em todo o mundo. O seu grande talento e valor musical faz com que frequentemente seja convidada a colaborar com os gigantes mundiais do Pop, do Rock e do Jazz.
O espetáculo teve a duração de uma hora e meia, mas o tempo não conseguiu imprimir cansaço nem na cantora, nem na plateia.
A sonoridade da sua voz singular e a sua presença sedutora e inebriante no palco captou a atenção, não ficando ninguém indiferente.
A fadista portuguesa soube conjugar magistralmente a solenidade e sublimidade da tradição e cultura musical portuguesa com a contemporaneidade. A sua música tem sabor a fado, a pop, a semba angolana e a quizomba.
O tocar “choroso” da inesquecível guitarra portuguesa em terras canadianas, a voz potente e única de Ana Moura, a iluminação cênica e a sonoplastia foram os ingredientes perfeitos para que a noite em Montreal fosse memorável e para que o Desfado, a mais emblemática das suas criações musicais, conseguisse a proeza de fazer levantar todo o auditório.
Ficou provado na passada quarta-feira, que a boa música é, sem dúvida, uma língua universal, sobrepõe-se a idiomas e aproxima pessoas. Todos entenderam o sentimento que emanava de cada verso cantado em português apesar da dispersão linguística dos espetadores. Ana Moura passou por Montreal, deixou o sabor do bom que se faz em Portugal e mostrou aos portugueses presentes no Place des Arts, que a cultura portuguesa não está cristalizada no passado, mas resplandece com qualidade no que se faz no presente.
Registo aqui a minha admiração e agradecimento à organização do Festival Internacional de Jazz de Montreal pela ousadia e acutilante visão manifestadas no convite a esta grande fadista da atualidade, infelizmente desconhecida de tantos dos seus conterrâneos.
Precisamos de aprender a estar no mundo, de saborear mais as coisas boas do mundo. Ouvir boa música ao lado de quem se ama… que mais se pode desejar? Obrigado Nancy e Abigail.

Ricardo Pimentel e fotos de Nancy franco

Tiago-Joshua De Sousa, Marcando o Seu Futuro

Hoje marca o início de uma crónica que me é muito querida. Com o Euro e a Copa América chegando ao fim, desejo explorar mais sobre a nova geração da nossa comunidade, seja atletas, escritores, estudantes, entre outros. Esta semana, vou falar de um jovem de 16 anos chamado Tiago-Joshua De Sousa.
Tiago-Joshua tem um amor profundo pelo futebol, uma paixão que vai além das quatro linhas. Ele compartilha que adora o futebol porque possibilita conhecer novas pessoas, criar laços de amizade, aprender disciplina e competir intensamente, seja onde for. Para ele, a felicidade de vencer um jogo é uma emoção única e enfrentar novos adversários são aspectos fundamentais dessa paixão.
O seu percurso no futebol é marcado por diversas etapas significativas. Iniciou no clube CS MHM e teve uma breve passagem pela AAA LDP antes de ser solicitado pelo CSRDP em Rivière des Prairies. Posteriormente, ingressou no CS Saint-Laurent na AAA PLSJQ, onde atualmente joga com os jogadores de 2007, sendo ele nascido em 2008. Um momento memorável foi a participação na “Dallas Cup” em março de 2024 com a equipa de Saint-Laurent, alcançando as semi-finais. Atualmente, lideram o campeonato e estão qualificados para o Campeonato Canadiano em Alberta, do 12 ao 19 de agosto de 2024.
Quanto ao estilo de jogo, Tiago-Joshua demonstra versatilidade, atuando como lateral esquerdo, também ele pode jogar no central esquerdo, mostrando a sua habilidade em diversas posições.
Quando questionado sobre seus objetivos futuros, Tiago-Joshua é claro e determinado: seu sonho é assinar um contrato profissional e jogar nos maiores clubes com os melhores jogadores do mundo. Além disso, ele tem interesse em continuar seus estudos na área de marketing para eventualmente abrir o seu próprio negócio. No entanto, a sua prioridade absoluta é dar tudo de si para alcançar o sucesso no futebol profissional.
Seu ídolo é Cristiano Ronaldo, não apenas pelo seu talento indiscutível, mas principalmente pela ética de trabalho incansável que o inspira. Cristiano Ronaldo é um exemplo de dedicação e perseverança, qualidades que Tiago-Joshua admira profundamente.
Este jovem promissor representa não apenas um talento no campo, mas também um exemplo de determinação e visão para o futuro. Seu compromisso com o futebol e seus objetivos ambiciosos são verdadeiramente inspiradores para todos ao seu redor.
Obrigado Tiago pela entrevista foi bastante interessante e espero ver-te em breve na seleção canadiana ou portuguesa. Parabéns.

Jantar/assembleia do Lions Clube de Rabo de Peixe

No dia 6 de julho de 2024, realizou-se no restaurante Caldeiras na Ribeira Grande, o jantar/ assembleia do Lions Clube de Rabo de Peixe.
Este momento foi enriquecido pela presença de todos os convidados amigos e das entidades e clubes que se fizeram representar. Estiveram presentes os Clubes Lions da Lagoa e S. Miguel, o presidente da junta de freguesia Dr. Jaime Vieira e o presidente do Conselho Executivo da Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe Dr. André Melo.
No encerramento do AL 2023/2024 com a presidência de CL Laudalina Estrela procedeu-se à tomada de posse de novos Sócios nomeadamente o CL José Guilherme Oliveira, CL Carlos Estrela, CL Rafael Fraga e CL Edmundo Rodrigues.
Ao longo da assembleia/ jantar foram homenageados os sócios fundadores do Lions Club de Rabo de Peixe que foram apadrinhados à data pelo clube Lions de S. Miguel representado pelo CL Miguel Simas. O Clube ofereceu um peixe pintado à mão pelo artesão João Amaral residente na vila de Rabo de Peixe a cada homenageado. Procedeu-se à entrega da referida lembrança ao CL Manuel Ledo, CL António Pedro Costa, CL Artur Martins, CL Luciano Garcia Lopes, CL José Maria Gouveia, CL Domingos Gouveia, CL Paulo Simão Menezes, CL António Vieira Moniz e CL Márcia Sousa que esteve ausente por residir nos Estados Unidos da América. Receberam a lembrança de homenagem a representante do CL Pedro Blayer a sua esposa Luísa Blayer e o representante do CL José Laurénio Andrade o seu filho José Leonardo Andrade.
Foram também homenageadas e presenteadas como sócias honorárias a Ana Cristina Garcia Lopes e a Maria Auxiliadora Martins.
Foi um momento muito emotivo que imortalizou momentos de dedicação e companheirismo leonístico.
Procedeu-se à tomada de posse da nova direção para o AL 2024/2025 com a presidência da CL Susana Afonso.
Para finalizar, festejou-se o 19.º aniversário do Lions Clube de Rabo de Peixe. Foram momentos ricos onde reinou a alegria com boa música pelos jovens Teresa Afonso e Rodrigo Pereira, companheirismo e o lema que nos move “Nós servimos”!

Susana Afonso
Colaboradora situada nos São Miguel/Açores

Noite de São Diogo

Há noites, há palcos e há momentos que elevam os humanos à condição de deuses. Concedem-lhes a eterninade e estes passam a ter lugar cativo onde o sol mais brilha. E Diogo Costa, ao defender os três penáltis da Eslovénia, conseguiu esse estatuto: está entre os maiores.
Depois de Ricardo contra a Inglaterra, já podemos contar que vimos a noite memorável de Diogo Costa em Frankfurt. Façam-lhe uma estátua!
Portugal pareceu fugir ao seu próprio destino, mas lá acabou por vencer a Eslovénia nos penáltis depois de um nulo ao fim de 120 minutos. Uma geração que se diz candidata ao trono do futebol europeu de seleções tem de fazer melhor. Não é mais, é melhor. A melhor notícia desta noite é que segue viva no torneio.
O regresso ao 4x3x3 trouxe ligeiras melhorias contra uma Eslovénia que não é uma seleção de grande nível – como se pintou, aliás. Os eslovenos deram, como seria de esperar, a iniciativa à equipa nacional que se aceitou a posse de bola. A Seleção procurou atacar embora com cautela e com atenção especial às jogadas de apoio frontal das quais Sesko e Sporar vivem. Por isso, Martínez colocou Cancelo por dentro, com liberdade, e Nuno Mendes fechou mais perto dos centrais, entregando o corredor a Leão.
O avançado do Milan teve liberdade (e espaço) para criar, arrancar, ganhar faltas e ‘arrancar’ cartões amarelos. Foi dos seus pés que saiu a melhor ocasião de Portugal na primeira parte com Palhinha a rematar ao poste.
A Seleção controlou, mas nunca asfixiou o oponente. Ainda assim teve, a partir do corredor direito, uma boa situação de golo com o cruzamento de Cancelo ao qual Ronaldo e Bruno não chegaram por centímetros. Por sua vez, Rúben Dias também já tinha rematado à malha lateral em boa posição.
Por sua vez, a Eslovénia, em versão Kick And Rush, assustou em duas ocasiões. Se na primeira Diogo Costa travou remate de Sesko, à segunda valeu Nuno Mendes a evitar o remate de Sporar.
Portugal surgiu melhor no segundo tempo. A bola circulou mais rápido, as combinações fluíram e o futebol praticado foi ligeiramente superior à primeira metade. Bernardo ameaçou desbloquear a partida logo a abrir, mas errou o alvo.
Permita-me, caro leitor, dedicar um parágrafo a João Cancelo. O lateral-direito deu um recital de bom futebol, criou (parecia um medio) as principais jogadas de perigo da Seleção na segunda parte e fez o que quis de quem lhe apareceu pela frente. Faltou, no entanto, alguém que finalizasse.
Cristiano Ronaldo esteve longe de ter uma noite inspirada – continua à procura do primeiro golo no Europeu. O capitão revelou-se algo perdulário apesar de ninguém ser capaz de lhe apontar falta de esforço ou empenho.

Roberto Martínez não ajudou a equipa
Pouco depois da hora de jogo, Portugal ficou pior na partida. Roberto Martínez decidiu retirar do jogo Vitinha (estava a ser dos melhores) e recuar Bruno para junto de Palhinha. Jota entrou para jogar perto de Ronaldo. Resultado? O jogo partiu-se, a Seleção perdeu o controlo. Ficou pior, no fundo.
A Eslovénia agarrou-se ao nulo e espreitou ser feliz. Usou as armas que tem e esteve pertíssimo de chegar à vantagem: Sesko bateu Pepe em velocidade, mas rematou torto perante Diogo Costa.
O selecionador nacional tentou emendar a mão, quiçá, mas as trocas… não resultaram. Francisco Conceição entrou para o corredor esquerdo por troca com Leão. Sem surpresa, a entrada do extremo, fora da posição natural, não teve o efeito que o espanhol, provavelmente, imaginaria. Ainda assim, Cristiano Ronaldo, lançado por Jota, teve nos pés a possibilidade de ser herói, mas esbarrou em Oblak.
O guarda-redes do Atlético de Madrid viria a deixar o português frustrado e em lágrimas quando ao cair da primeira parte do prolongamento, defendeu um penálti. O avançado não conteve as lágrimas assim que soou o apito para a troca de campo no período suplementar. Portugal tentou, tentou, mas Oblak foi um gigante (mais pequeno que Diogo Costa, ainda assim). O guardião português foi preponderante no prolongamento ao evitar que uma perda de bola de Pepe resultasse no golo de Sesko – abençoado pé esquerdo!
Nos penáltis, Diogo Costa decidiu e travou os remates de Ilicic, Balkovec e Verbic. Houve espaço para a redenção de Ronaldo (que pediu desculpa após marcar) e para os penáltis certeiros de Bruno Fernandes e Bernardo, sendo que este último confirmou o duelo com a França, na próxima sexta-feira, em Hamburgo às 15h em Montreal.

Mesmo com chuva a festa foi sensacional nas Grandes Festas do Espírito Santo em Ste-Thérèse

No fim-de-semana de 28, 29 e 30 de julho de 2024, a comunidade portuguesa de Ste-Thérèse celebrou a terceira pessoa da Santíssima Trindade numa das expressões mais populares e antigas dos festejos comunitários em louvor do Divino Espírito Santo – o Império de S. Pedro.
Mais uma vez, o fim de semana com grande incerteza, porque o tempo estava um bocadinho complicado, não sabiamos se a temperatura aguentava ou não. Sexta-feira foi a recitação do terço e depois tivemos DJ Eduino Machado que fez um grande espetáculo. No final da noite foi servida a tradicional e saborosa carne guisada.
No sábado tivemos má sorte, a incerteza da temperatura estava muito complicada, chuva caía e na era bom, organizou-se um outro plano, em que em vez de tocar na rua, foi dentro do salão da igreja que estava ao lado do recinto das festas. O problema é que não é uma sala de 1000 ou 2000 pessoas lá, é mais uma “salinha” de 300 pessoas, então a sala estava quentinha, muito umidade. Mas a festa fez-se e foi muita animada em bastante apreciada. A festa iniciou-se com Sylvie Pimentel e depois David DeMelo que foi mesmo para arrebentar a casa. A parte triste foi que o conjunto Karma não veio porque a sala era muita pequena para aguentar tanta aparalhagem e pessoas lá presente. A única boa notícia é que a temperatura instável decidiu de não chover durante um tempo, e todos foram comer o caldo verde na grande tenda no recinto das festas.
E, finalmente, domingo foi o maior brilhantismo dos festejos. A missa foi presidida pelo padre Gil que veio de São Miguel, Açores. Na parte do entretenimento, que, nestes dias festivos, é sempre do melhor que se pode apresentar, atuou a Sylvie Pimentel que animou este dia e para finalizar foi o Conjunto Starlight. É também de salientar o trabalhar sensacional da Filarmónica Portuguesa de Montreal que tocaram muito bem, o grupo Folclórico e Etnográfico Estrelas do Atlântico, sem esquecer o Grupo Cultural Cana Verde que é sempre uma mais-valia numa grande festa e que marca a sua presença com os lindos som do bombos.
Os simpáticos mordomos deste ano foram Sandy Andrade e João Manuel Andrade. Eles fizeram o seu pápel brilhamente e a escolha dos artistas foram muito bem orquestrado.
Também quero falar sobre uma pessoa que merece muito. Nos últimos anos a comunidade está pouco a pouco a transformar-se e há menos pessoas para ajudar e trabalhar. organizar uma festa como esta é quando um ano de trabalho, e, Humberto Soares é uma pessoa (chata) mas que tem um grande coração e que continua estas lindas tradições do Divino Espírito Santo. E, é importante que notar e dar um justo valor a pessoas que merecem isso.
Parabéns aos mordomos e à todos os colaboradores/as deste ano, não foi fácil e esperemos que haverá uma melhor temperatura para o próximo ano.
Para 2025 a mordoma é Natalia Sousa, uma pessoa que eu conheço há muitos anos e que tem um grande coração.
1ª dominga: Octavio Soares (promessa)
2ª dominga: Lucia Oliveira
3ª dominga: Sylvie Machado
4ª dominga: Jennifer Oliveira
5ª dominga: Viviana
6ª dominga: Ana Guedes
Parabéns e VIVA o Divino Espírito Santo.

Ola Andorinhas!

Eu quero dizer que esse Montreal tem tanta lida no verão, que uma pessoa nem sabe onde se meter. Eu fui ao Festival de Jazz e lá vi um lindo show com o Kid Koala. Ele é um DJ com uma reputação de classe dos anos 2000.
Mas agora, em 2024, ele levou a criatividade para lugares espetaculares que vão além dela de ser um DJ. Lá fui eu sozinha ver o seu show Na Cinquieme Sala em Place des Arts, que nunca tinha tido, e recomendo fortemente essa sala mas ainda mais, o show do Kid Koala.
Ele teve a ideia de filmar uma animação ao vivo, com marionetes, produzida pela talentosa Sandra Turgeon. Os bonecos muito elaborados dessa artista e o set todo animado por uma orquestra ao vivo… foi uma joia ver aquilo tudo rodeado de várias crianças e famílias que são também convidados a viver essa experiência.
Recomendo fortemente ir ver um espetáculo de Jazz em Montreal que começou quinta-feira e acaba no dia 6 de julho. A Norah Jones, o Orville Peck e a nossa Ana Moura também vão lá cantar. Espero ver e de repente ainda falar e conversar dois minutos com a Ana Moura se ela tiver o tempo.
Aquela cantiga que inspirou essa linda crônica e que me deu vontade de ir a procura de aventuras novas e celebrar a minha própria nostalgia para o que é ser portuguesa e também ter a vontade de fugir todas essas partes também!
Essa cantiga, Andorinha, mete palavras a emoções e o show do Kid Koala também abre dentro da audiência emoções de alegria, de rir e de querer ir ver o que se passa mais longe na cabeça e no coração de dois bonecos à procura de amor.
O olhar da Sandra Turgeon enquanto ela estava a animar aqueles bonecos foi incrível. A paixão do Kid Koala e a sua arte leva a audiência para um mundo cheio de imaginação e de criatividade. Por favor, vão Andorinhas ver e passear nas ruas de Montreal, cheias de arte incrível, de construção chata e de amor em todas as suas formas…Ciao Andorinhas!

Justin Trudeau no Restaurante Cantinho

Desde o meu último artigo sobre a política em 2022, o Partido Liberal do Canadá, liderado pelo Primeiro-Ministro Justin Trudeau, tem enfrentado várias questões e desafios importantes. O partido, conhecido por suas políticas progressistas sobre mudanças climáticas, questões sociais e reformas económicas, continua a moldar o cenário político do Canadá.
Sob a liderança de Trudeau, os Liberais têm se concentrado em iniciativas como a implementação de impostos sobre carbono, promovendo a igualdade de género por meio de políticas como o Conselho Consultivo de Igualdade, e navegando pelas complexidades da reconciliação indígena, destacadas pela Investigação Nacional sobre Mulheres e Meninas Indígenas “Desaparecidas e Assassinadas”.
Economicamente, os Liberais têm enfatizado cortes de impostos para a classe média, investimentos em infraestrutura e apoio às pequenas empresas. Internacionalmente, a posição do Canadá sobre a ação climática e seu papel em organizações multilaterais como as Nações Unidas têm sido características proeminentes da política externa liberal.
No entanto, como qualquer partido político, os Liberais enfrentam desafios e críticas. Questões como acessibilidade, escassez de moradias e cuidados de saúde permanecem preocupações urgentes. Além disso, controvérsias em torno da conduta ética e do escrutínio parlamentar têm periodicamente testado a credibilidade do partido.
Olhando para o futuro, o Partido Liberal do Canadá continua a evoluir em resposta aos pedidos sociais em constante mudança e às dinámicas globais, com o objetivo de manter sua posição como uma força líder na política canadiana ao mesmo tempo em que aborda as diversas necessidades do seus cidadãos.
Uma visita no seu bairro
É importante de notar que faltam dois anos no seu mandato e nos últimos tempos o primeiro ministro do Canadá continua a trabalhar muito forte ao serviço da sua comunidade e do seu bairro, principalmente, e podemos continuar a ver o seu apoio no restaurante Cantinho situado no 3204 rua Jarry Este em Montreal.
O restaurante Cantinho se destaca como um verdadeiro tesouro culinário na movimentada Rua Jarry. Este estabelecimento acolhedor tem conquistado não apenas os moradores locais, mas também os visitantes ávidos por uma experiência gastronômica autêntica e memorável.
Ao adentrar no Cantinho, os clientes são recebidos por uma atmosfera calorosa e acolhedora. Com sua decoração simples e elegante, o restaurante transmite uma sensação de conforto e hospitalidade que é difícil de resistir. Mesas bem dispostas e uma iluminação suave criam o cenário perfeito para uma refeição relaxante e agradável.
A verdadeira estrela do Cantinho é sua comida deliciosa e bem preparada. Com um menu que combina sabores tradicionais e contemporâneos da culinária mediterrânea, cada prato é uma celebração dos melhores ingredientes e técnicas culinárias. Desde entradas refrescantes até pratos principais robustos e sobremesas tentadoras, cada item do menu é cuidadosamente elaborado para satisfazer até os paladares mais exigentes.

Festejando os 40 Anos da Marcha do Oriental

São João é uma festividade popular celebrada em Portugal, especialmente na cidade do Porto, mas também em outras regiões do país, como Braga e Lisboa. A festa de São João é comemorada anualmente no dia 24 de junho, embora as celebrações geralmente se estendam por vários dias ao redor dessa data.
As festividades de São João têm origens religiosas, pois comemoram o nascimento de São João Batista, mas ao longo dos anos tornaram-se mais conhecidas por suas festas populares, com tradições que incluem:
Martelinhos: As pessoas batem umas nas outras com pequenos martelos de plástico.
Alho-porro: O alho-porro é tradicionalmente oferecido como um gesto de amizade.
Balões de São João: São lançados balões de ar quente à noite.
Fogos de artifício: A noite de São João é celebrada com muitos fogos de artifício.
Manjericos: Pequenas plantas de manjericão com mensagens de amor são oferecidas como presentes.
Danças e música: As ruas enchem-se de música, dança e alegria durante as festividades.
Em algumas cidades, como no Porto, a festa de São João é uma das maiores e mais esperadas do ano, atraindo visitantes de todo o mundo. As pessoas celebram nas ruas, nos bairros históricos e ao longo das margens do rio Douro, criando uma atmosfera vibrante e festiva que reflete a cultura e a tradição portuguesas.
Cá em Montreal a tradição é diferente, temos 2 ou 3 grandes festas, tal como o Clube Oriental, Clube Portugal, a Igreja Santa Cruz, Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Laval e ultimamente o restaurante Poulet 3 Pattes. Nos últimos anos a comunidade está muito diferente, mudando e transformando, há alguns anos perdemos o Benfica que fazia sempre uma linda festa e sem esquecer que Laval parou de organizar esta linda festa. Este ano foi uma grande surpresa quando ouvi que não haverá a grande festa de São João na Santa Cruz.
E, para nos massacrar a temperatura não estava nada boa, até que o P3P anulou a sua festa dois dias antes por causa de mau tempo. E, finalmente organizou dentro da sede do Clube Oriental o São João, uma das mais lindas festas portuguesa na nossa comunidade. Houve muita gente, entravam para saborear os seus prato tradicionais tal como a Bifana, sopa Caldo Verde, Feijoada, Malassadas e sem esquecer uma equipa de cozinheiras e o chefe Henrique Laranjo que trabalharam em grande para que todos ficassem com um grande sorriso no final da festa.
Na parte artística ficamos com um palco cheio de talento tal como três cantores quebequenses que cantaram lindas canções tradicionais “Québécois” (ao mesmo tempo não devemos esquecer que o 24 de junho é a nossa festa mas é também a festa nacional da província do Quebec).
E, para finalizar este grande aniversário do Clube Oriental tivemos o DJ Machado e DJ XMEN para nos fazer mexer até que as marchas, marchem.
Fiquei impressionado por ver tanta gente porque quando há chuva todos ficam em casa, mas muitos apareceram e queriam ver as duas lindas marchas, que, pela primeira vez há duas marcha, a Marcha do Oriental e a Marcha do grupo Folclórico e Etnografico Português de Montreal. Dois lindos momentos históricos e que foram sensacionais. Não vou esticar-me mais, mas vou vos deixar ver as nossas lindas fotos deste grandioso evento. Quero dar os parabéns as duas cantadoras Suzette Nobre e Fátima Miguel que fizeram um espetáculo memoraveis e que as duas escreveram as suas letras da marcha, uma que foi dedicada aos restaurantes e a outra que foi dedicada aos 40 anos da marcha do Oriental.
Parabéns à direção e à todos os marchantes…

Mais uma andorinha

Olá, Andorinhas! Agora estamos nessa maravilhosa energia do Euro 2024, sob esse calor úmido de Montreal, e tanto professores quanto alunos estão de férias! Eu sei, eu sei… nem todos estão de férias, mas Portugal está ganhando esses belos jogos e, com certeza, todos estamos de bom humor, especialmente os professores! Mas sempre há algumas pessoas que insistem em focar no negativo… é melhor manter distância delas!
Eu tenho uma aluna adorável, uma pequena Andorinha que visitou São Miguel em maio e adorou conhecer nossa ilha! Eu adorei este ano letivo… graças a ela e aos seus amigos, tive um ano maravilhoso. Para ser sincera, tive grandes mudanças este ano, trabalhei com uma equipe nova, em um nível diferente e até em uma sala diferente… admito que senti um pouco de medo. Mas como já disse no passado, quando enfrento o medo de frente, geralmente saio mais forte e feliz. Vocês já sentiram isso também?
A minha aluna chama-se Anastasia Séguin Ledo. Ela é forte e inteligente como a sua mãe, Melissa-Ann Pereira Ledo, que é, também, açoriana e trabalha na Universidade McGill. Encontrei a mãe dessa linda aluna comendo um sorvete em Mile-End, e a Andorinha sempre estava de olho em mim. Sou uma artista, meus pensamentos são coloridos e cheios de ideias, algumas mais certas que outras. Mas como professora, é certo que alguém vai me reconhecer… às vezes no Walmart, até mesmo em Las Vegas, numa conferência de trabalho…
Mas enfim, foi a minha filha que me explicou que devo perguntar como é que as pessoas me conhece. Assim começamos uma bela amizade com essa Andorinha e sua filha também. A minha filha estava certa, é melhor perguntar e procurar respostas, mesmo que às vezes não sejam o que queremos ouvir.
Na minha aula este ano, muitas coisas interessantes aconteceram, algumas chatas e até tristes. Mas me sinto sortuda por ter conhecido esses pequenos amores e essa bela equipa. Graças a eles e àquela escola maravilhosa, sempre sinto vontade de continuar sendo professora, às vezes cansada, às vezes desanimada… mas sempre com a sorte de estar cercada por luz e olhares cheios de curiosidade.
Ciao, Andorinhas, e claro, Força Portugal!

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