Será possível recriar em 2019 uma nova geração de “poussinots et de poussinettes”. Hoje em dia tudo mudou, a internet está a entrar em todas as casas e a televisão está cada vez a cibla que agora está a ser atacada e haverá uma grande mudança prevista nos próximos anos.
O serviço de cabo (Bell ou Videotron) está cada vez mais a desaparecer das nossas casas. Muitos estão a comprar as caixas internet TV e que o preço é muito mais acessível do que os meios normais. Muitos estão a mudar para estas caixas e de uma maneira alarmante para estas companhias. Há 10 anos era quase impensável ter RTP, TVI, SIC. Hoje por 20$ por mês tens 120 canais, portugueses e a maioria dos canais canadiano.
Na minha casa só temos uma televisão com a televisão tradicional e o resto é YouTube e Plex dois serviços incríveis para as crianças. Podemos vos informar que os canais canadianos estão a entrar nesta via e não há outras possibilidades. Todos eles tem um site web com todas as programações accecíveis através do canadá e através do mundo todos devem pagar. E, acessível no seu telefone inteligente, tablet, IPad, etc.
A Geração “plugged”
Você sabia? Até 42% das crianças canadianas de 0 a 4 anos têm acesso ao seus próprios smartphones. Esta é uma das descobertas surpreendentes dos pesquisadores de HabiloMédias, que entrevistaram 825 pais de crianças com 15 anos ou menos no Canadá no ano passado. “Ficámos realmente surpreendidos”, confirma Thierry Plante, especialista em educação de mídia. No bem-estar digital das famílias canadianas, um estudo divulgado no outono, ficámos sabendo que, em média, 53% dos jovens com menos de 15 anos têm um smartphone, 42% dos mais novos e 73% dos mais velhos. Destes, uma em cada quatro crianças passa até duas horas todas as noites da semana “fazendo qualquer outra coisa que não é trabalho escolar, incluindo 29% das crianças com 4 anos ou menos”.
Geração do YouTube
Isso explica tudo? Ainda assim, quando investigamos os pais para saberem o consumo digital de seus filhos, o YouTube (40%) chega ao cotovelo com a televisão (41%). E à medida que envelhecem, o YouTube, o Netflix, o Illico e outras plataformas de assinatura estão ocupando seu lugar no mundo do entretenimento juvenil. Um entretenimento que também é geralmente “solitário”, também especifica no Retrato Digital de Casas no Quebec, desta vez pelo Centro facilitando a pesquisa e inovação nas organizações, em 2018.
O final da TV?
No ano passado, a revista Fortune, num artigo sobre o crescimento do conteúdo infantil na Netflix, disse que “crianças estão matando a TV a cabo”. Por quê? Porque eles consomem conteúdo no seu telefone, tablet ou computador e cada vez menos conteúdo de televisão. Deve-se dizer que todas as pesquisas mostram que há de facto um cancelamento gradual, embora constante, dos serviços de televisão (por cabo ou satélite). De acordo com o relatório do Instituto Angus Reid de outubro de 2013, a percentagem de lares canadianos que assinam um serviço de televisão subiu de 88% em 2012 para 71% no ano passado. Ao mesmo tempo, o Netflix e Illico deste mundo estão desfrutando de popularidade crescente, especialmente em lares com crianças.
O fim da TV … como família?
De lá para concluir, como o Guardian fez no ano passado, que estamos testemunhando a morte das noites da TV da família nos dias de hoje, há um passo que muitos observadores se recusam a aceitar. “A principal atividade digital da família ainda é assistir televisão”, diz Thierry Plante, da HabiloMédias. Se os jovens primeiro olham para o YouTube ou Netflix online, como uma família, eles dizem que consomem TV, com 65%. Dito isso, não sabemos o que as famílias de conteúdo estão assistindo. Atualmente, a maioria das TVs é inteligente, então é possível que essas famílias também estejam na frente da Netflix. E não é necessariamente pior. Por quê? “É importante do ponto de vista da alfabetização digital”, diz o especialista em educação de mídia. Porque, na verdade, ao nos encontrarmos diante de uma tela com nossos filhos, podemos orientá-los a desenvolver o seu julgamento, sua mente crítica, enfim, sua inteligência digital. Porque sim, a inteligência digital pode ser aprendida. Mas não sozinho na frente de sua tela.
Passe-Partout está de volta
Quando eu era pequeno eu via todos os dia Passe-Partout em 1977 e adorava este programa. Com canções e brincadeiras eu aprendi o francês, a contar, racionalizar e a cantar.
Segunda feira passada foi o primeiro programa da nova geração de Passe-Partout talvez seja uma ótima notícia aqui, diz Catherine Mathys, diretora de inteligência estratégica do Canadá “Media Fund”.
Num momento de “consommation à la carte”, onde “grandes eventos estão cada vez menos presentes, Passe-Partout, é um lindo convite para ver e apreciar uma ‘nova’ maneira de ensinar”, que admite ser um “puro produto da geração Passe-Partout, “um programa que encarnou, e poderia novamente incorporar”, uma conexão com a cultura do Quebeque. E quem sabe, talvez para incentivar os jovens desta geração “conectada”, acrescenta o sociólogo e pesquisador do Centro de Pesquisa em Comunicação e Saúde Monique Caron-Bouchard, para aprender a “comunicar”.
É muito importante ver e admirar o futuro que em breve será o presente e que todos que não querem entrar na nova geração vão ficar para trás. Passe Partout foi um marco importante no Quebeque nos anos 70 e 80, e pode voltar em grande hoje em dia.
O YouTube é uma parte importante das crianças, hoje em dia, e agora, se querem, podem dizer às crianças para ver o programa Passe Partout que vai apresentar um pouquinho da realidade de hoje, com lindas canções e um programa educativo de alta qualidade em qualquer hora.
Viva a Internet, e Viva Passe Partout.