Benfica vence Supertaça Cândido Oliveira Sporting “cilindrado” a Sul

O Benfica venceu a sua oitava Supertaça Cândido Oliveira de futebol, ao “cilindrar” o Sporting por 5-0 no Estádio Algarve, conquistando desta forma o seu primeiro troféu nacional oficial da época 2019/20.
Após os 30 minutos iniciais, muito conclusivos levados a efeito pelo Sporting, como que a dizer que estavam ali para vencer a sua nona Supertaça, a verdade é que foi Rafa, aos 40 minutos, naquela que foi a única situação para golo dos encarnados na etapa primeira, não desperdiçada.

A vencer por uma bola a zero, o Benfica deixou os “leões” incrédulos, pois já tinha ido à baliza à guarda de Odisseias por três vezes sem êxito. Aliás, não compreendemos porque é que o Benfica procura a contratação de um guarda-redes. Odisseias voltou a rubricar excelente exibição, garantindo mesmo a vitória da sua equipa na Supertaça mercê das três primeiras defesas que efetuou e que poderiam ditar outra história ao desafio. A perder pela diferença mínima o Sporting, sempre sob a batuta de Bruno Fernandes, que atuou abaixo daquilo que já mostrou saber fazer, se calhar a pensar na sua transferência, veio disposto a mudar o rumo dos acontecimentos, contudo foi novamente o Benfica que, contra a corrente do jogo, voltou a marcar, por Pizzi, num claro desacerto de Gérémy Mathieu que perdeu a bola em zona proibida, permitindo ao médio benfiquista voltar a bater Renan Ribeiro. Com este golo sofrido, os pupilos de Marcel Kaiser desmoronaram-se por completo acabando por sofrer mais três golos (Pizzi, 75, Grimaldo, 64 e Chiquinho, aos 90 minutos). Com três centrais a comporem uma defesa de cinco, estranho foi ver jogadores como Bas Dost, por exemplo, a andar a passo (perfeitamente com a cabeça no clube turco que lhe ofereceu uns bons milhões de euros) e Dyaby, que em nada contribuíram para o jogo do Sporting.

Uma palavra para o jovem Therry Correia que rubricou uma boa exibição apesar de ter sido pelo seu flanco que surgiu o primeiro logo dos encarnados. Dos poucos minutos que esteve em campo, Luiz Phillype fez muito mais do que Bas Dost durante praticamente toda a partida.
Com esta esclarecida vitória o Benfica, que percebeu e soube encaixar a sua equipa naquilo que foi o esquema tático leonino, alcançou o triunfo mais volumoso sobre o rival lisboeta em 33 anos (reeditando o 5-0 de 1986), assim como igualou o número de títulos do Sporting nesta Taça (oito), que terminou reduzido a 10 jogadores, devido à expulsão de Doumbia, aos 89. Por parte do Benfica, bem mais avançado naquilo que será o seu estilo de jogo, pelo que nos foi dado a ver, consegue uma vitoria esclarecedora, mas que acaba por ser por números irreais, pois o futebol jogado não foi tão denominador como o resultado pode deixar de antever. É certo que souberam “matar” o jogo nas alturas certas, mas não deixa de ser verdade que o Sporting “perdeu-se” por completo em campo prevendo-se mesmo que o resultado pudesse ser mais volumoso. No final o Benfica recebeu o Troféu das mãos do Presidente da república, com todo o staff do Sporting presente no relvado numa manifestação de “fair play” assinalável.

Para ambos os treinadores, em declarações após o termino do desafio, o que se passou no estádio do Algarve “foi futebol”, concordando ambos que a vitória assentou bem ao clube da Luz, referindo também que o resultado “acabou por ter sido desajustado em números” pelo futebol que ambas as equipas apresentaram.