O FC Porto conquistou hoje pela 17.ª vez a Taça de Portugal de futebol, ao vencer o Benfica, por 2-1, conseguindo a ‘dobradinha’, depois de já se ter sagrado campeão nacional.
Num Estádio Municipal de Coimbra vazio, devido à covid-19, o FC Porto, reduzido a 10 jogadores desde os 38 minutos, por expulsão de Luis Díaz, marcou por Chancel Mbemba, aos 47 e 59 minutos, com o Benfica a reduzir por Carlos Vinícius, aos 84, na marcação de uma grande penalidade.
Os ‘dragões’, que não venciam a Taça desde 2010/11, quando tinha feito a última ‘dobradinha’, somou o 17.º troféu e igualou o Sporting, ficando a nove do Benfica, que é o recordista de troféus. Declarações proferidas no espaço de entrevistas rápidas no final da Taça de Portugal de futebol entre o FC Porto e o Benfica, em Coimbra, que os ‘dragões’ venceram por 2-1.
Vitor Bruno (treinador adjunto do FC Porto): “Uma época atípica, com muitas nuances que nos fizeram constantemente readaptar em treino e até uma maldita doença que apareceu e nos condicionou o nosso dia a dia. Não há muito a falar em relação ao jogo, que dominámos e controlámos, exceção obviamente dos últimos 10 minutos. Acho que aqui o que é preciso realçar são os valores da equipa que encarna o povo do norte, leal, humilde, trabalhador e que nunca vira a cara à luta. Os jogadores foram gigantes, com uma capacidade de trabalho incrível em circunstâncias que não vale a pena falar. Difícil, mas que no fim acaba por valer a pena. Faltou-nos os adeptos e o treinador. Até ao momento da expulsão, o FC Porto controlou, dominou, conseguiu manietar o jogo do Benfica, e depois com bola explorar as dificuldades do adversário. E fizemos isso bem até à expulsão. Depois foi preciso tocar a reunir. Depois, a bola parada é um momento forte para nós e capitalizamos esse momento. Mas é redutor dizer que o FC Porto depende das bolas paradas”.
Mbemba (jogador do FC Porto): “Foi uma vitória difícil, mas muito importante. Não é fácil [marcar dois golos], mas tive essa oportunidade e estou muito feliz. Trabalho para isto, nunca imaginaria chegar à final e marcar dois golos. A equipa uniu-se em torno da expulsão”.
Nélson Veríssimo (treinador do Benfica): “O jogo teve algum equilíbrio durante a primeira parte, com duas equipas a tentarem ter o domínio do jogo, mas sem criarem oportunidades de golo. Há o momento em que o FC Porto tem a expulsão e a partir daí tivemos algumas dificuldades em encontrar caminhos, até fruto de uma unidade a menos que o FC Porto tinha. É natural que a equipa baixe linhas, junte posições e nós tivemos, em alguns momentos, algumas dificuldades em encontrar os caminhos para a baliza. Em alguns momentos mérito do Porto e noutros momentos podíamos ter tido mais alguma paciência. Julgo que fruto daquilo que aconteceu ao longo dos 90 minutos seríamos merecedores de chegarmos ao final do jogo com um empate e levar, pelo menos, o jogo para prolongamento, mas assim não aconteceu e terminámos o jogo desta forma. Gostava de salientar a forma como a equipa terminou os últimos cinco jogos na Liga. Em cinco jogos os nossos jogadores conseguiram quatro vitórias e um empate e terminaram a Liga de uma forma digna.
Vinícius (jogador do Benfica): “Entramos para ganhar o jogo, mas infelizmente sofremos um golo de bola parada e depois houve muitas paragens de jogo. Há que pensar o que fizemos aqui hoje e pensar já na próxima época. Fica um sabor amargo, porque o Benfica tem de ganhar títulos. O Benfica é isto”. (LUSA)