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A VOZ DE PORTUGAL | 18 DE JANEIRO DE 2024 AÇORES 9
Abaixo-assinado defende estatuto regional
e novo espaço para Museu da Emigração
PAULA GOUVEIA rinhado” pela Câmara Municipal da Ribeira Grande, briu as suas portas ao público, em setembro de 2022,
Jornalista do jornal Açoriano Oriental defende, no entanto, que “há que dar um passo mais à após obras de remodelação (num investimento autár-
frente, o que implica instalações mais espaçosas, sala quico de 30 mil euros), e com uma nova museografia.
de estudo/conferências/biblioteca virada para o século
nstalado num espaço de reduzidas dimensões,
o Museu da Emigração Açoriana, na Ribeira XXI com novas tecnologias.
IGrande, consegue ter milhares de visitas por “Em suma, com tantos e bons museus nos Açores,
ano. Mas há quem defenda que merecia estar nou- é tempo de termos um Museu da Emigração Aço-
tro espaço, mais amplo e com melhores condições de riana maior e melhor, voltado para o futuro, e assim
aproximarmos ainda mais os Açores e a rica Diáspo-
ra Açoriana, sem esquecer as gerações mais novas de
descendentes de açorianos que vivem do outro lado do
Atlântico”, sustenta.
Quem tiver interesse em subscrever a iniciativa, terá
de enviar email, indicando nome completo e o país
onde vive, para o endereço carlos.teixeira@ubc.ca.
Recorde-se que o Museu da Emigração Açoriana rea-
funcionamento e de atividade, e com o estatuto de
museu regional.
Está a circular um abaixo-assinado, em português,
inglês e francês, que defende isso mesmo. E, até ao
momento, já foi subscrito por uma centena de pessoas.
A iniciativa partiu do professor catedrático José Car-
los Teixeira, natural da Ribeira Grande, emigrado no
Canadá desde 1978. O professor na Universidade da
British Columbia, explica que o seu objetivo é reunir
o máximo de assinaturas possível até dia 31 de janeiro,
para depois entregar à presidência da Câmara Munici-
pal da Ribeira Grande e do Governo dos Açores, “para
que sintam a nossa força e interesse neste Museu, e
para que invistam ainda mais, de modo a levar o Mu-
seu a um nível de maior excelência”.
Instalado no que foi o antigo mercado de peixe da
Ribeira Grande, desde 2005, o Museu guarda espólio
doado por João Bosco da Mota Amaral, proveniente
de emigrantes e das autoridades dos países de acolhi-
mento. Ajuda a contar a história dos que decidiram
deixar as ilhas com o sonho de uma vida melhor, sen-
do possível ali ver fotografias, documentos, roupas,
entre vários outros elementos com interesse histórico.
Para José Carlos Teixeira, “o nosso Museu da Emigra-
ção Açoriana, sendo único na Região e representativo
dos Açores e da sua Diáspora de mais de 1,5 milhões
de açorianos e descendentes espalhados pelo mundo,
precisa e merece crescer, mantendo sempre a sua li-
gação umbilical à cidade da Ribeira Grande, onde o
Museu nasceu e cresceu até aos dias de hoje, mas ga-
nhando uma dimensão regional, com o apoio direto
do Governo Regional dos Açores”.
Reconhecendo que o museu tem crescido e sido “aca-