Em 2013, o administrador e colaborador do jornal, Tony Saragoça apresentou um artista bem conhecido no meio canadiano mas bastante desconhecido na comunidade portuguesa.
Durante alguns anos este homem foi presente em muitos eventos comunitário e apresentando um “Joie de vivre” bastante diferente de todos os outros discursor. Ele tinha uma visão muito diferente mas nada impedia o seu talento para jogar com as palavras. Não desgostei do seu “paladar” nem da sua maneira de brincar com a ortografia. Fiquei muito triste quando ele saiu do jornal, a porta está sempre aberta mas não para guerrear mas sim para enriquecer a nossa gramatica e a comunidade em geral.
“Luiz Saraiva, nasceu em Lisboa, numa área extremamente pobre, chamada Mouraria, que é hoje um sector turístico bem famoso. Neto de um avô que foi “pre-sumido” assassinado, na gare do caminho-de-ferro, em Lisboa. No tempo em que o Presidente da República, era Sidónio Pais. “Quando o meu pai estava prestes a terminar os estudos em contabilidade, alugou um quarto na casa de uma senhora, onde a minha futura mãe, costureira de profissão, também aí vivia num quarto alugado. Foi assim que eles se conheceram e casaram. Foi nesse mesmo quarto de minha mãe que eu nasci, no dia 14 de Março”. Encontrei (na sua residência de Laval) um homem simpático, sorridente, orgulhoso das suas obras, mas sobretudo um ser humano, completamente apaixonado por tudo o que está ligado ao teatro e à poesia, paixão esta, que ainda hoje o alimenta e ao mesmo tempo o devora, pois Luiz Saraiva vive a angústia de não ter tempo para concretizar todos os seus sonhos. Ele que tanto tem ainda para dar ao mundo.Sobre a comunidade portuguesa, da grande área de Montreal, Luiz Saraiva tem dois sentimentos bem distintos: O primeiro tem a ver com o facto da sua vida de artista e todo o seu legado, ter sido tão bem reconhecido ao nível da comunidade francófona, e, praticamente esquecido, ver-se mesmo ignorado na nossa comunidade. Outro, é um certo “Mea Culpa” por ele mesmo não ter feito o suficiente, para ter dado a conhecer à comunidade lusa, as suas obras e consequentemente o benefício dos seus talentos. É sua convicção, que se se tivesse empenhado mais no meio cultural português, teria certamente alcançado o mesmo sucesso de que foi gratificado pela audiên-cia canadiana francesa”. Uma pequena parte da entrevista com Tony Saragoça que foi publicada no dia 13 de setembro de 2013.
Todas estas memórias e histórias veiram quando recebi, no inicio de maio, um livro, intitulado “Quem sabe…? Serei um poeta…?” escrito por Luiz Saraiva.
Um livro de poesias que ele escreveu durante alguns anos. A parte gráfica bastante simples e fácil a ler com o seu brasão na capa e três pintura.
Os poemas que eu gostei mais foram “Vaidade…! ou… orgulho…”, “Elegia para um emigrante português” e “O que é uma Biblioteca”. Há muitos outros poema bastante interessante.
Acho que é uma recolha de “Mente à Mente”. É um livro que vale a pena comprar e saborear o jogo das palavras que ele usa. Parabéns Luiz, o seu livro ficará na história da comunidade e na minha mente.