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A VOZ DE PORTUGAL | 27 DE JANEIRO DE 2022 | 3 CRÓNICA
ITÁLIA SUPERA 10 MILHÕES DE INFEÇÕES POR COVID-19. FORAM MAIS 77.696
Itália identificou mais 77.696 casos de infeção pelo novo coronavírus, esta segunda-feira. Em causa está uma quebra face aos dados do dia anterior, quando
foram comunicados 138.860 novos casos de Covid-19. O boletim divulgado hoje pelo ministério da Saúde italiano dá ainda conta de mais 352 mortes em 24
horas, o que representa um aumento face às 227 vítimas mortais do dia anterior. Contas feitas, um total de 10.001.344 pessoas contraiu já o vírus Sars-CoV-2
desde que a pandemia chegou a território italiano. Destas, 143.875 acabariam mesmo por falecer depois de terem contraído a doença. No que toca ao número de
casos ativos, este sofreu uma redução nas últimas 24 horas. Atualmente, 2.709.857 estão infetadas com o novo coronavírus, menos 25.049 em relação a ontem.
Portugal, que futuro?
JORGE CORREIA guesa em muitos países seria uma esquerda mode- análise séria, racional e desinteressada permitirá a
Cronista do jornal rada, mas sem querer criar complicações desneces- devida correção pela separação do trigo do joio. Ora
sárias, há que assinalar alguns factos interessantes. é exatamente isto que falta à esquerda portuguesa
Esta direita tem dificuldades em se afirmar atual- que proclama soluções obsoletas e desastrosas como
omeçou o voto por anteci-
pação este domingo, termi- mente pois foi também contagiada com o vírus do vimos em outras países.
Cnando no próximo domin- papão do Passos Coelho criado pela esquerda; não É assim chegada a hora de renovar. Renovar Portu-
go 30 de janeiro, para a assembleia foi capaz de desmistificar o que foi a governação de gal, com reformas que desalojarão muitos interesses
da república em Portugal. Passos Coelho, cujos resultados até foram melho- instalados, mas que se torna necessário para libertar
res do que se vive atualmente, mas que foram tapa-
Este momento é muito importante pois trata- dos por uma neblina difusa que não permite ver os recursos para aquilo que o país necessariamente ne-
-se de dar um rumo diferente àquele que Portugal quês e porquês da sua governação, as limitações e cessita. Há que renovar a mentalidade, do simples
tem seguido nos últimos anos que estagnou o país, condicionantes da altura, assim como hoje em dia cidadão aos movimentos políticos, às instituições
acentuou os problemas intrínsecos à sociedade por- ninguém é capaz de perceber que Portugal Passos na sociedade assim como o próprio tecido empre-
tuguesa e tornou o país ainda mais dependente do Coelho realmente pretendia pois ficou subjugado a sarial. Perguntará o amigo leitor: será desta? Sou
financiamento externo nomeadamente da “bonda- um programa que restringia as suas escolhas resul- otimista, mas também sou realista, pelo que duvi-
de” do Banco Central Europeu. De um modo mais tante dos erros cometidos por governos anteriores. do que seja já no imediato. Ambiciono um futuro
profundo, acho que a hora é de renovação políti- Assim, a direita descaracterizou-se, tornou-se inca- melhor para a pátria que assistiu à minha chegada
ca num país cujos líderes e respetivos movimentos paz de digerir os acontecimentos e transformá-los a este mundo, assim como a que me adotou no pre-
políticos apresentam um desgaste visível, eviden- num objetivo maior e melhor que o cidadão portu- sente, mas tenho que reconhecer que uma mudança
te pela incapacidade de mostrarem um rumo por guês pudesse sentir e ambicionar. Face à sua inépcia de mentalidade se impõe e que esta demora tem-
pura e simplesmente não terem qualquer ideal para e inércia, a direita tradicional abriu espaço a novas po. Votar é um passo; mas votar sem se informar,
a nação lusitana. Navega-se à vista, numa perspe- forças políticas, que ainda verdes e por vezes com sem pesquisar e sem refletir é um tiro no escuro que
tiva em que a manutenção do poder se sobrepõe falhas derivadas da sua “mocidade” institucional, um dia pode retornar sobre nós mesmos. Votar é
a qualquer solução racional para os problemas do querem trazer um novo fôlego à vida política. A es- uma necessidade, mas também uma obrigação mo-
país. Evidente também fica a fuga incessante à dis- querda portuguesa é a mais cristalizada no 25 de ral para todos aqueles que estão em condições de
cussão séria e racional dos problemas do país que Abril. Pena que não tenha percebido o 25 de No- o fazer, consequentemente torna-se uma respon-
contribuem para a incessante descida na tabela do vembro também. É esta incapacidade de perceber sabilidade e como tal devemos estar conscientes e
desenvolvimento económico. Não se discute nem se os acontecimentos que dita a sua incapacidade de assumir os resultados dessa escolha. Jamais é tarde
debate de forma fria e desapaixonada os erros das criar um rumo diferente e melhor para Portugal para recuperar o caminho certo, mas há que fazê-lo,
últimas décadas para evitar responsabilizar aqueles pois vive no passado e não percebe o presente co- sem atavismos, sem preconceitos, renovando sem-
que tiveram no poder nesse passado recente assim locando-se automaticamente numa posição incapaz pre para um futuro melhor. Oxalá que seja desta,
como muitos que estão no ativo presente mas que de criar um futuro. Aquilo que não resulta, compro- Portugal!
participaram na construção do desaire que Portugal vado não só pela teoria mas também pela prática,
vive. Enquanto não se debater desta forma jamais se deve ser rejeitado. Não vale a pena aprofundar mais
evitarão os erros cometidos e jamais Portugal ado- a discussão, basta pensar na devastação nas anti-
tará um rumo que lhe permita finalmente seguir na gas repúblicas socialistas europeias: perguntem aos
rota do progresso e apresentar resultados que façam seus cidadãos se eles querem regressar a essa época
jus ao esforço e sacrifício dos portugueses. Em vez e a esse regime? Para sermos honestos temos que
disso insiste-se nas falhadas receitas do passado, ou reconhecer o esforço e os resultados obtidos pelos
nos papões políticos fruto das obsessões das ideo- movimentos esquerdistas ao longo do último sé-
logias políticas baseadas muitas vezes numa visão culo no reconhecimento das difíceis condições dos
simplista da vida sem qualquer ligação com a rea- trabalhadores que têm vindo a ser melhoradas ao
lidade e com influência dos desequilíbrios pessoais longo do tempo. Há casos de sucesso, há casos com
dos respetivos líderes. espaço a grandes melhoramentos, mas no cômputo
geral há que dar o mérito a esses movimentos que
Temos o eterno debate entre esquerda e direita em contribuíram para melhorar a condição humana
Portugal, fruto da cristalização de uma sociedade em geral. Mas como em todas as criações humanas,
em torno de um acontecimento que faz praticamen- a paixão, o oportunismo e o desequilíbrio pessoal
te meio século, que teve os seus méritos e desméri- de líderes carismáticos imiscui-se nesses movi-
tos, mas cujo saldo se pode afirmar trouxe novos mentos alterando sub-repticiamente os seus fun-
horizontes à sociedade portuguesa. No entanto esta damentos levando-os para uma direção que viria a
ficou parada no tempo. Comecemos pela chamada revelar-se nefasta e trágica em muitas sociedades.
direita portuguesa. Como já referi, a direita portu- O erro mora, assim, ao lado do acerto e apenas a
ASTRÓLOGO – GRANDE MÉDIUM VIDENTE
PROFESSOR AIDARA
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negativo, a chave do sucesso está ao seu alcance.
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