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A VOZ DE PORTUGAL | 8 DE FEVEREIRO DE 2024                                          COMUNIDADE         17
        José Cesário — Deputado pela



        Imigração Portuguesa Fora da Europa




                   RAUL MESQUITA                         na Assembleia da República. Não será fácil. Sabemos  ção” dos Liberais de Trudeau e os inocentes Demo-
                   A Voz de Portugal                     disso. Porém, “tudo vale a pena se a alma não for pe-  cratas hindus….
                                                         quena”. Seguindo os hábitos duplicados dos xocialis-  A paisagem vizelense, as personagens e costumes da
                          onsiderado, com razão, um dos  tas , vemos em pequenas passagens, aqui e além, as  região, as tradições, o modo típico de falar, marcam
                          maiores expoentes na escrita  manigâncias do corpo avançado e fantasista dos ver-  também um puro regionalismo, num apego à terra e
                   Cda língua portuguesa e um dos  melhos que se imaginam já no poder. Não me façam  às suas gentes que não nos pode deixar de apreciar.
        mais fecundos falantes da segunda metade do sé-  rir. É verdadeiramente cómico ver o pretenso PM   O impulso e instintos naturais do Homem são ana-
        culo XX, José Cesário pela sua verve e experiência  substituto agir como tivesse sido programado por  lisados com perspicácia e ele acaba quase sempre por
        foi repescado para a equipa do PSD e representou a  simples decisão do chefe demissionário. No corpo de  mergulhar num positivismo coerente e, para isso, o
        Imigração Portuguesa no Canadá, nas últimas for-  deputados não haverá quem com ele queira cruzar o  apoiaremos  convencidos  da  generalidade  da  gente
        mações legislativas desse partido.               ferro, ou temos elementos sem voz e sem ambições?  portuguesa de bem.
         A qualidade artística dos seus léxicos, quase dese-  Que tipo de gente é esta? Nem para o CA dum gali-  Todos às urnas, Por Portugal. É tempo de devolver-
        nhados,  têm  extraordinária  riqueza,  pitoresca  por  nheiro de galinhas molhadas!              mos o país a quem dele é merecedor.
        vezes, original e dotada de enorme riqueza sensorial   O agrupamento de míseros Partidos (já lá vai o tem-  O Povo!
                                                         po em que um Partido só teria lugar na AR com o   O País precisa de nós. A nós e responder PRESEN-
                                                         número de 12 ou 13 eleitos, não com apenas um de-  TE!
                                                         putado… ridículo e embaraçador!), parece fazer uma   Apoiemos José Cesário e o PSD.
                                                         certa maioria dos vermelhos. A lembrar a “colabora-  Por PORTUGAL!
































        caracteriza profundamente, quem se designa a si pró-
        prio como o “professor das escolas”. Características
        são também as expressões de carácter popular, entre
        o grotesco e o satírico, em diálogos que condimen-
        tam a sua graciosa maneira de falar. Ou, não fosse
        José Cesário, um “professor das escolas”.
         Recordo, com certa apreensão, a possibilidade de
        numa profecia avançada por conhecido sociólogo se
        se concretizasse a aterradora prenuncia de nas elei-
        ções  que  se  aproximam,  os  kamaradas  vermelhos,
        alcançassem a maioria eleitoral. Seria o mundo às
        avessas. Ou seja: vermos o Deputado procurando
        emprego. Como possível? Onde ficaram os oposi-
        tores? As belas gargantas das críticas e até, más-lín-
        guas? Com a frieza de quem conhece bem o espírito
        “fala barato” do Homem Português, José Cesário,
        pensou na possibilidade de o vermos cá, talvez, aspi-
        rando um lugar, no meio do Ensino Felizmente que
        para ele isso não se realiza, e temo-lo de novo, a ten-
        tar ultrapassar as dificuldades inerentes à sua posição
        de deputado, ler mesmo Ministro da Imigração. Isto
        só será possível se, todos quantos gargarejam con-
        tra os sabujos da corrupção, ficarem cobardemente
        em casa. Aqueles que, não desperdiçam apenas um
        Voto necessário, como também, a possibilidade de
        dar opiniões e igualmente, permitir a quem tem co-
        nhecimentos adequados, de os esclarecer. Tenhamos
        esperança que o bom senso ganhará.

         É neste jogo de estratégias e de bom senso que ire-
        mos receber e apoiar o Homem que nos representará
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