Vigésimo aniversário de Diaconato de António Ramos

O diácono pode ser casado ou solteiro, mas se for casado, o consentimento da esposa é necessário. Normalmente a igreja exige um mínimo de 10 anos de união matrimonial antes da ordenação.
O Diácono Ramos, desde criança que se sentia alegre e feliz em ajudar o próximo. Durante a sua adolescência integrou-se na Juventude Operaria Católica e mais tarde, na Acção Católica em que uma das acções era, de aos Domingos, visitar os doentes, que habitualmente ninguém os visitava, nos hospitais de Lisboa, por serem na sua maioria oriundos da província.
A primeira vez que ouviu falar do Diaconato permanente foi por casualidade, num campo de férias nos Laurentides, aonde habitualmente passava parte do verão com a sua família. Aos cinquenta anos informou-se sobre os requisitos para entrar no diaconato. Passou algumas entrevistas e após um ano de reflexão, foi admitido na formação académica, espiritual e pastoral, por um período de quatro anos. A sua ordenação teve lugar na basílica Saint Patrick, repleta de fieis da comunidade portuguesa, a 3 de Novembro de 2000.
Decidiu consagrar o seu ministério servindo a comunidade portuguesa. Está imensamente grato ao Senhor Padre José Luís Pimenta, que o orientou e acompanhou ao longo do percurso de formação. A seu pedido, fez o seu estagio na Igreja Notre-Dame de Anjou, aonde se celebrava as eucaristias dominicais, em português, ligadas à Missão Santa Cruz.
Os Diáconos permanentes ganham cada vez mais relevância nas comunidades católicas, sobretudo onde há escassez de sacerdotes. O Diácono Ramos concilia a sua vida familiar e profissional com o serviço e ajuda à Igreja. Como membro do clero pode realizar baptizados, casamentos, funerais e também celebrar a liturgia da palavra na ausência do padre. Mas a sua principal missão é o serviço social da igreja.
Nestes últimos vinte anos, o diácono Ramos sente-se privilegiado por ter conseguido servir a comunidade, graças à cooperação da sua esposa e filhos, porque sem o seu apoio não teria conseguido esta caminhada.
Diz que a igreja necessita cada vez mais de jovens e de menos jovens que queiram dedicar do seu tempo ao serviço de Deus , servindo os seus irmãos.
Quando no final da celebração do passado Domingo, e Sr. Padre Adam e o conselho de administração da Missão agradeceram toda a sua dedicação e trabalho em prol da comunidade, a Dona Lurdes Carvalho, na sua intervenção, disse e muito bem, que por detrás de um grande homem sempre tem uma grande mulher, mas também acrescentaria, por conhecer o Sr. Ramos, que para ele ser um grande homem, teve de fazer da sua Iria, uma grande mulher.
O casal Iria e António Ramos celebraram recentemente as suas bodas de ouro de matrimónio.
O Jornal A Voz de Portugal deseja-lhes um feliz aniversário, repleto de saúde e de inúmeras felicidades.