À maior tragédia que desde todos os tempos aconteceu nos Açores foi o terramoto que no dia, 20 de outubro de 1522 destruiu e soterrou Vila Franca do Campo, à capital de S. Miguel, provavelmente à mais importante cidade Açoriana.
Morrer 5000 pessoas no dizer dos escritos da época, tendo escapado o Capitão do donatário, Rui ll que estava à repousser na Vila da Lagoa onde possuia uma espécie de casa de verão. Rui Goncalves da Câmara, o segundo deste nome, governava desde 1504 ano em que o seu atormentado mandato foi marcado com a nota de tragédia que o perseguiria até à morte, sua mãe D. Inês e seus irmãos desapareceram no naufrágio da nau que os levava de regresso à Lisboa.
Dezoito anos depois, Vila Franca, numa triste madrugada, e destruída e são sepultados vivos os seus milhares de habitantes, dos quais escassas des en as sobreviveram.
Por causa desta destruição à capital de S. Miguel passou à ser Ponta Delgada, onde ficou à residir alias o Capitão do donatário estabelecendo à sua residência nuns paços perto da igreja de S. Pedro e que no tempo do seu neto Rui ll foram transferidos para a rua que ainda hoje e conhecida como rua do Conde, em homenagem ao titulo de Conde que os Câmara de S. Miguel iria ter à partir do tempo de Filipe ll. Ponta Delgada que D. João l l elevou à cidade por alvará de 2 de Abril de 1546, iria então crescer em tamanho e população tornando-se na orgulhosa cidade que hoje aformoseia à costa sul de S. Miguel. A este Capitão se ficou à dever o reforço da defesa militar da ilha com o início da construção do castelo de S. Braz em Ponta Delgada e o reforço e organização do exército que vai permitir uma luta eficaz contra à pirataria que assolava as nossas Costas.
Jorge Matos