Por vezes vivemos ao lado de pessoas notáveis sem notar a sua presença. Gente que se vai promovendo com mérito próprio, no silêncio, na paciência e na capacidade de superação, sem chamar atenção ou terem necessidade de um palco. São essas pessoas que se tornam grandes e dignificam as comunidades sem que sintam necessidade de avaliar o alcance do que foi feito ou se envaidecerem.
Ensina-nos Elizabete Lesem que “uma alma que se eleva, eleva todo o mundo.” Foi este pensamento que me veio à memória ao saber que, no passado dia 11 de maio, Adelaide de Melo havia sido nomeada, pelo Ministro da Saúde do Québec, Christian Dubé, Membro do Conselho de Administração, Presidente e Diretora Geral do Centro Integrado e Universitário de Saúde e Serviços Sociais do Norte de Montreal.
Como açoriano, sinto-me honrado e feliz com a ascensão de “um dos nossos” a um lugar de responsabilidade desta envergadura.
A meu ver, faz mesmo sentido pensar como Elizabete Lesem: Adelaide de Melo ao elevar-se, elevou-me a mim, aos caros leitores e a toda a comunidade açoriana e portuguesa.
Adelaide de Melo, nasceu na cidade de Montreal no dia 9 de Fevereiro de 1973, filha de António Chico e de Liliana Carvalho, naturais da simpática freguesia da Ribeira Quente, Ilha de São Miguel, Açores. Contraiu matrimónio com Roberto Carvalho com quem tem dois filhos. Obteve um Bacharelato na Universidade Montreal em Gerontologia, Gestão de Serviços de Saúde e Ambiente Clínico. Possui igualmente um Mestrado em Gestão e Desenvolvimento de Organizações pela Universidade de Laval. Desde 2011 tem ocupado diversos postos de gestão e organização do Centre Intégré Universitaire de Santé et de Services Sociaux. Dada a sua experiência estamos confiantes que irá desempenhar, com alto grau de profissionalismo e competência, as funções que agora lhe foram atribuídas.
Não posso deixar de referir que Adelaide de Melo recebeu de sua família, oriunda da Ribeira Quente, uma sólida educação cristã e um valioso património cultural que, indubitavelmente, deixou marca e tem ajudado a que seja a pessoa honesta, humilde, lutadora, exigente consigo mesma e indispensável por onde tem passado a nível profissional e cultural.
Exemplos como este ajudam-nos a mudar mentalidades e nostalgias derrotistas. É possível, com o mérito que vem do trabalho, ver reconhecidas as qualidades de quem se dedica e se dá aos outros.
“Não são os cargos que dignificam as pessoas, são as pessoas que dignificam os cargos”, dizia-me tantas vezes o saudoso Pe. Professor Doutor Octávio de Medeiros, sociólogo. Neste caso em concreto, sei que não existirá exceção à regra.
Desejo as maiores felicidades à Adelaide no exercício das suas novas funções e comungo da alegria da sua família e de toda a comunidade portuguesa em Montreal.