O Partido Socialista (PS) foi o vencedor das eleições para o governo regional dos Açores, que se realizaram este domingo, perdendo assim a maioria absoluta que tinha desde há 20 anos. De acordo com os dados do governo regional, o PS obteve 30,13% dos votos, o que se traduz em 25 mandatos.
Nas últimas eleições o PS alcançou 46% dos votos, conseguindo 30 mandatos. O parlamento açoriano tem um total de 57 lugares, pelo que, para atingir a maioria absoluta, um partido tem de alcançar pelo menos 29 mandatos. O atual presidente do governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro, enfrenta assim o desafio de tentar governar sem maioria.
O Partido Social-Democrata (PSD) alcançou os 33,74%, conseguindo eleger 21 deputados, melhorando o resultado de há quatro anos, quando conseguiu 30,89%, o que se traduziu em 19 mandatos.
Em relação aos restantes partidos, o CDS manteve o terceiro lugar, com um resultado de 5,51%, o que rendeu aos centristas quatro deputados, os mesmos que em 2016. Apesar de manter os eleitos, o partido perdeu um deputado, ganhando outro na coligação com o PPM na ilha do Corvo, onde o cabeça de lista é do PPM.
O Chega é uma das surpresas da noite, conseguindo dois deputados nas eleições de estreia. O partido de André Ventura obteve 5,06%. O Bloco de Esquerda teve uma votação de 3,81%, elegendo dois deputados. O partido alcançou dois lugares no parlamento nas últimas eleições, conseguindo 3,66% do total de votos. O Partido Popular Monárquico (PPM) voltou a conseguir eleger um deputado pelo círculo do Corvo, mas estas eleições ficam para a história, com o partido a conseguir formar um grupo parlamentar, depois de eleger Gustavo Valadão Alves nas Flores. O partido teve um total de 2,34%. O PAN e a Iniciativa Liberal também conseguiram assento parlamentar na estreia, obtendo 1,93% dos votos cada. A CDU é, a par do PS, um dos grandes derrotados, perdendo o deputado elegido em 2016. Teve um total regional de 1,68%.
Marcelo elgoia
“atitude cívica”
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou a “atitude cívica” dos eleitores dos Açores pela participação nas eleições regionais, superior do que nas de 2016.