D. Pedro – o Porro conquistou Leiria aos Guerreiros com um tiro de canhão
Um disparo bastou para os leões derrotarem os Guerreiros e vencerem a batalha de Leiria – nova casa do troféu para os próximos anos.
O Sporting levantou a Taça da Liga pela terceira vez, um objetivo que também o adversário perseguia, e o Sp. Braga, agora numa decisão longe de casa, perdeu em semana de comemoração do centenário a coroa conquistada há um ano.
D. Pedro – o Porro foi o herói de leão ao peito que deu a estocada decisiva nos Guerreiros numa batalha travada sob o castelo altaneiro em noite de rigoroso vendaval. Debaixo de chuva e de vento, com um relvado encharcado, onde a bola mal rolava, tentou-se jogar futebol. A tentativa deu quase sempre erro com o 3-4-3 leonino encaixado no 4-2-3-1 variável do Sp. Braga sem que houvesse grande emoção durante mais de meia-hora. Se o Sp. Braga lançava a velocidade de Galeno sobre o flanco esquerdo, o esférico prendia e comprometia o contra-ataque. Do lado contrário, a tração de TT não lhe dava características de todo-o-terreno e Pote só apareceu em cima do intervalo, num remate em esforço travado por Matheus. Antes disso, a decisão: um tiro de canhão de Porro, que descoberto por Gonçalo Inácio atirou cruzado e certeiro, tornando as redes em chamas (sim, havia esse engenho por trás das balizas). Apesar de uma primeira parte equilibrada (com 50-50 em posse de bola), o Sporting foi a vencer para o intervalo. O Sp. Braga lançou Paulinho para o segundo tempo e tomou a iniciativa de jogo.
E o Sporting? Bom, o Sporting foi jogando no erro do adversário. Enfim, houve futebol!
O leão não confinou por completo. Mas quase. Chegou-se à frente por Pote e Sporar, mas do lado contrário encontrou uma barragem de artilharia pesada.
1, 2, 3… Fogo! E Iuri Medeiros sentou Feddal e rematou para defesa de Adán.
1, 2, 3… Fogo! E dois minutos depois Paulinho disparou à barra!
1, 2, 3… Bem, o resto já sabem. Al Musrati atirou a rasar o poste, Esgaio até introduziu a bola na baliza, mas estava em fora de jogo.
Resumindo, o Sp. Braga que ao intervalo tinha menos remates (5-2) e cantos (2-1) virou por completo a estatística (7-13 e 3-7, respetivamente), sem, contudo, virar o marcador.
No fim, até a chuva parou para contemplar a festa, com fogo e «confetti», e os vencidos ficaram para aplaudir. Por mais dura que seja a batalha, por mais inglório que seja o seu desfecho, um Guerreiro não perde a galhardia. MAISFUTEBOL