Um Brilhante Oitavo Lugar

Foi com enorme satisfação que olhei o oitavo lugar conferido pelo júri à nossa canção, apresentada ao recente Festival da Canção. A uma primeira vista parece pouco, mas a verdade é que era muitíssimo mais vasto o número de canções em concurso. Diga-se o que se disser, um oitava lugar é sempre um fator de alegria.
Há por aí quem ande a dizer que o nosso lugar foi o seguinte, ou seja, o nono, mas a verdade é que se impõe ter em conta que a vitória da canção ucraniana se ficou a dever ao clima de moda gerado pela fantástica propaganda posta em marcha por todo o mundo.
De um modo ou de outro, a evidência aponta para que esta vitória da canção ucraniana foi o resultado de um gesto de peninha, digamos assim. E depois, objetivamente, a propaganda existe para produzir os seus efeitos. Como se tenta com as sondagens.
Nunca duvidei de que teria de ser este o resultado, como tenho a certeza de que num qualquer jogo de futebol em que entrasse a Ucrânia, a equipa de arbitragem lá se encarregaria de fazer com que a seleção deste país tivesse de vencer a peleja.
No fundo, assim como o novo coronavírus logo foi apontado como causado pela China, porventura intencionalmente, já os vinte e tal laboratórios de experiências biológicas, localizados em solo ucraniano, suportados globalmente pelos Estados Unidos, seriam apenas coisa simples e sem um ínfimo de mal, antes só de bem. E, como por igual nunca duvidei, de pronto os políticos sim-sim ocidentais assim procederam: sim-sim, absolutamente! Mas, enfim, sobra-nos a satisfação de nos termos quedado em oitavo lugar neste festival cançoneteiro. Um brilhante e justo oitavo lugar.