Viva o Divino Espírito Santo da Casa dos Açores do Quebeque

Realizou-se em grande as Festas do Divino Espírito Santo, parabéns ao novo Conselho de Administração a todos os benévolos que ajudaram e que contribuíram a esta grande semana de sucesso do 27 de maio a 2 de junho.

Foi uma semana ritual rezou-se o terço e depois o convívio foi sem duvida este ano com um valor muito mais arrecadado a casa sempre cheia durante a semana e no sábado assinalou-se o serão com a tradicional carne guisada confecionada como já o costume por Isabel e Joao Rebelo com ajuda da equipa e amigos da Casa. No Domingo o tempo não ajudou com chuva durante o dia, infelizmente não houve cortejo. As celebrações foram feitas com a participação dos Padres Julien Masson e Luciano Roberto Câmara, o Grupo Coral do Senhor Santo Cristo, o Rancho Folclórico Ilhas do Encanto, O Grupo Reviver, e a Filarmónica do Divino Espírito Santo de Laval e a presença do Cônsul-geral de Portugal em Montreal Sr. António Barroso. Depois da missa não podia faltar o delicioso tradicional almoço do Divino Espírito Santo e sobremesas, massa sovada e arroz doce. O convívio continuou bem animado, todos em boa disposição e alegria.

A imigração açoriana levou as Festas do Divino Espírito Santo a locais muito afastados dos Acores, como para o Canadá: Quebeque, Ontário, Otava e British Columbia. Para os Estados Unidos: Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, New Hampshire, California e Hawaii. Para o Brasil e para as Bermudas.

O culto do Espírito Santo remonta ao tempo de D. Dinis e da Rainha Santa Isabel, a dama do milagre de pão e rosas. Em 1282 Isabel de Aragão foi dada em casamento ao jovem D. Dinis Rei de Portugal. Rainha Isabel, mulher de uma fé inabalável e coração terno, resistiu às investidas iradas do seu esposo D. Dinis que considerava impróprio que a Rainha se mesclasse com os pobres. Rainha Isabel, devido às suas fortes convicções cristãs, ignorava as repreensões do seu esposo, saindo frequentemente pelas portas traseiras do palácio, disfarçada de mulher do povo para levar esmolas aos pobres e aos mais carenciados.

Rainha Isabel utilizou toda a sua influência real para proteger os Judeus frequentemente perseguidos na Península Ibérica os quais mais tarde a proclamaram a RAINHA SANTA pela proteção e benevolência que a Rainha lhes dedicou.

Reza a história que certo dia enquanto a Rainha Isabel passava pelos jardins dirigindo-se às portas do palácio, com pão para dar aos pobres em seu avental, cruzou-se com o seu esposo. O Rei a interpelou:
“ Senhora que levais em seu regaço?”
“ Nada, Senhor… Rosas apenas”
“ Vejamos então “
“A Rainha abriu o seu avental e caíram rosas no chão”.

Viva o Divino Espírito Santo.

TEXTO DE FRANCISCA REIS E FOTOS DE HUMBERTO CABRAL E JOÃO ARRUDA