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Baile da Pinha no Clube Oriental

Há muito tempo que não vi o Clube Oriental cheio como assim. Foi de um momento de frescura que nós fomos a esta festa tradicional do Clube Oriental que situa-se no 4000 Av. de Courtrai, perto da Jean-Talon e da auto-estrada 15.
Uma noite de fim de estação um bocadinha fresquinha, o Oriental ofereceu um serão dançante como nunca visto. Depois de arranjar um cozinheiro de alta categoria para o Clube Oriental, uma nova direção cheio de dinamismo e de projetos após desta pandemia que foi muito difícil para este organismo associativo.
No 23 de março apresentei o artista que vinha de Otava para esta festa, e o título escolhido foi: “Paulo Nascimento, uma Pérola rara de Otava”.
E, estando presente nesta festa, eu não menti, em primeiro lugar a festa pela primeira vez em 4 anos, estava esgotada. Em segundo, duas mesas cheias de fãs do Paulo que vieram de Otava. Em terceiro lugar, a festa começou cedo e acabou para quase arrebentar o palco do Clube Oriental porque ele é realmente um homem para fazer mexer uma sala, com música para todos os gostos, Kizomba, Pimba, música romântica e para dançar até 3 da manhã. Quero dar os parabéns ao Paulo para fazer desta festa um grande successo.
Mas tudo isso não parou.
O jantar foi impecável e bom gosto.
O serviço foi sensacional.
E, como todos sabem o Baile da Pinha deve ser feito como deve ser…
A noite foi avaçando e chegou a altura do Presidente entregar uma carta fechada com o número que abriria a pinha; convidando todos os participantes para o novo reinado, em redor da Pinha bem decorada e iluminada, puxando nas fitas que descaíam abrindo-a e assim foi anuciado os novo rei e rainha da noite, com champanhe foi festejada a saída, e do novo reinado de Diamantina e Dinora de Sousa (grande colaboradores do jornal há muitos anos).
O Oriental relembra a próxima festa será no dia 11 de maio na celebração do dia da Mãe com o conjunto Contacto e Marya Santos, reserve o seu lugar porque vai ser muito bom.

Abril Sempre

O Movimento das Forças Armadas foram o motor da Revolução de 25 de Abril de 1974, e colocou um ponto final de quase 50 anos de ditadura em Portugal, dando lugar a uma nova ordem jurídica com a instauração do regime democrático, passando o nosso país a atuar no palco da política europeia e mundial.
Portugal teria de esperar quase um ano para que com a convocação da Assembleia Constituinte, viesse a ser aprovada a nova lei fundamental que ocorreu a 2 de Abril de 1976, consagrando a Constituição da terceira República.
Esta Constituição veio definir as traves metras do novo regime, em que ficaram consagrados os direitos fundamentais, a definição e programação das transformações da nova organização económica e social, assegurando a coexistência entre os órgãos representativos eleitos por sufrágio do povo e o Conselho de Revolução e as forças armadas, sendo certo que ao tempo as forças armadas beneficiavam de uma autonomia em relação ao poder civil gozando do direito de intervenção na vida política. O Professor de Direito Jorge Miranda sintetiza um dos aspetos mais importantes da transformação politica e social no estabelecimento dos direitos fundamentais, nomeadamente a perspectiva universalista, exibida no princípio da equiparação de portugueses e estrangeiros, nas garantias da extradição e da expulsão, na previsão do estatuto do refugiado político e, após 1982, no respeito dos direitos do homem como princípio geral das relações internacionais; a preocupação tanto de enumerar os direitos quanto de definir o seu conteúdo e fixar as suas garantias e as suas condições de efectivação; a previsão entre os direitos, liberdades e garantias não só dos direitos clássicos mas também de direitos novos, como as garantias relativas à informática, o direito de antena e a objeção de consciência; a colocação da propriedade, não já a par das liberdades, mas sim dentre os direitos económicos, sociais e culturais, o aparecimento como direitos fundamentais de direitos dos trabalhadores e das suas organizações.
O sistema de governo de 1976 foi moldado de modo à coexistência de quatro órgãos políticos de soberania – presidente da República, Conselho da Revolução, Assembleia da República e Governo.
Mais um dos aspetos mais inovadores da Constituição de 1976 foi a consideração da democracia como democracia descentralizada, particularmente no âmbito da descentralização territorial, com a proclamação entre os “princípios fundamentais”, o da autonomia das autarquias locais e o da descentralização democrática da administração pública erigindo os Açores e a Madeira em “regiões autónomas dotadas de estatutos político–administrativos próprios”.
Após a aprovação do texto inicial de 1976 a Constituição da República foi sujeita a diversas revisões constitucionais de modo adaptá-la à evolução da sociedade portuguesa e ao relacionamento e integração de Portugal no âmbito europeu e internacional. Na primeira revisão ocorrida em 1982 operou-se no essencial uma desmilitarização do regime que era uma herança ainda do período revolucionário. Já na segunda revisão de 1989 o objetivo foi a desestatização da economia que também era uma herança do conteúdo programático vindo do período inicial de consolidação da democracia. A terceira de 1997, deu espaço aos cidadãos no poder político, seguida de quatro pequenas revisões, ocorrida em 1992, 2001, 2004 e 2005, as quais se imponham pela sucessiva adaptação de Portugal à sua condição de Estado membro da União Europeia e a sua inserção na comunidade internacional.

Escrito por Judith Teodoro

Grandiosa e Memorável Festa do Chicharro

É FÁCIL SER AMIGO DAS PESSOAS DA RIBEIRA QUENTE
Realizou-se, do passado sábado, dia 15 de Abril, em Laval, a Festa do Chicharro 2023, promovida pela Associação Saudades da Terra Quebequente, onde se integram várias pessoas com raízes na charmosa Ribeira Quente, Ilha de São Miguel. Tivemos o privilégio de participar no convívio devido à amabilidade do presidente da dita associação, Roberto Carvalho e sua esposa.
Poderia, nestas singelas linhas, descrever o magnífico ambiente festivo e os sabores das iguarias servidas que nos transportaram a várias regiões do país. Seria capaz, igualmente, de elogiar a escolha musical, a ornamentação da sala, que em verdade estava deslumbrante e toda a organização do evento. Não obstante tudo isso, o que mais me tocou nesta festa foi ver in loco capacidade que o povo da Ribeira Quente tem de congregar, qualidade rara nos tempos de hoje até porque se torna cada vez mais difícil encontrar quem tem o dom reunir as pessoas. Foi notório, a quem deambulou pela sala, ver que muitos se reencontravam com saudade. Como trabalhei na Ribeira Quente durante 13 anos, convivi, aprendi a conhecer e amar este povo peculiar e único no panorama da ilha de São Miguel. A sua maneira de ser e estar na vida, as suas tradições, a união que se vive e respira entre todas as instituições locais, doam à Ribeira Quente e à sua gente uma aura sedutora. Não é nada difícil, mesmo durante os dias feriais (da semana), encontrar gente de toda a ilha que se desloca propositadamente para conviver e relaxar com amigos locais ou para ver e respirar a maresia à distância de um estender da mão. E vão propositadamente porque, como bem sabemos, a Ribeira Quente não é terra de passagem, uma vez que só tem um caminho de entrada e saída por ser uma fajã. A Festa do Chicharro 2023 em Laval foi uma oportunidade de voltar a saborear a mesma realidade na variedade dos convivas que fui encontrando.
Foi uma festa dos ribeiraquentenses que, por se destacarem no espírito acolhedor que cultivam, doou-nos a sensação de estar nos Açores.
Realmente, é fácil ser amigo das pessoas da Ribeira Quente. São gente que transporta em si raízes cristãs profundas, magia nos olhos e um sorriso aberto. Talvez por serem alegres e humildes, francos e sinceros, trabalhadores e solidários, dóceis e brincalhões e com um coração maior que a terra onde nasceram, deixam marcas indeléveis na alma dos que se cruzam com eles. Mas mais que tudo, são um povo que não se verga perante o peso da realidade tantas vezes madrasta nem deixa que lhes roubem a alegria de viver, mesmo tendo passado pelas mais difíceis tristezas deste mundo. A sua história nem sempre fácil, feita de tragédias e contratempos. Uma história onde encontramos o mar, ora como fonte de sustento, ora como ladrão do pouco que se tinha.
Deixo, portanto, um louvor a todos os naturais da Ribeira Quente que, como sempre, se mostraram à altura dos desafios propostos nesta Festa do Chicharro 2023 e, com uma coragem hercúlea, continuam a ser uma referência religiosa e cívica para os restantes povos da diáspora açoriana. Assumo que é um privilégio e uma grande responsabilidade fazer parte da vida desta gente amiga. Confirma-se que o maior atrativo da Ribeira Quente não é a sua praia ou a sua formosa encosta e orla marítima. O maior activo da Ribeira Quente é, sem dúvida alguma, a sua gente determinada que se destaca em qualquer sítio onde se encontre.
Parabéns a todos os membros da Associação Saudades da Terra Quebequente pela capacidade de congregar e juntar.
Nota do editor: “É importante de notar as homenagens que foram distribuídas nesta noite. Em primeiro lugar Horácio Arruda, Isabel e João Rebelo. Em segundo lugar são as homenagens do 25 mais: Grinoalda Carvalho, Nélia Carvalho, Fernanda Carvalho, Fátima Condinho, Mimelia Coelho, Maria-Jose Coelho, Jennifer Galvão e Robert Tavares. Em terceiro lugar são as medalhas para os mordomos de 2023: Santa Cruz: Arthur Sousa e Fátima Sousa. Anjou: Lúcia e António. Santa Teresa: Humberto Soares e Esposa. E, para finalizar a homenagem surpresa: Fátima Raposo. A música estava a cargo de Marya Santos do Quebec, a Banda Karma de Toronto e Miro Freitas vindo da Madeira, e que todos fizeram um espetáculo sensacional durante toda a noite e foi de grande qualidade. Parabéns à todos”.
Escrito por Ricardo Pimentel

Mais um Aniversário do jornal A Voz de Portugal e o início dos Prémios das Quinas

Nos últimos anos tivemos uma mudança radical do jornal A Voz de Portugal, concentrando o jornal nas notícias comunitárias e jornalistica.
Recriando um laço forte com a nossa comunidade e recriando, de novo, a nossa distribuição do jornal através das comunidades portuguesas no Canadá. Há 2 meses o jornal vai a Toronto e tem uma boa aceitação, muitos estão curiosos de saber o que se passa na nossa comunidade e o jornal A Voz de Portugal é a melhor janela, para apresentar as atividade semanalmente.
Antes da pandemia a direção do jornal A Voz de Portugal esteve bem ativo para homenagear várias pessoas conectado ao jornal, tal como Manuel Carvalho, Antero Branco e Helder Dias.
Este ano decidimos de homenagear duas pessoas importantes no jornal A Voz de Portugal.
O primeiro é Mário Carvalho, desde 2005 foi ligado ao jornal e a sua revista O Açoriano. Ele esteve muitíssimo occupado com um projeto que enriqueceu o jornal e ao mesmo tempo a sua visão e sugestões foram inovadoras para este jornal.
O segundo é José de Sousa, uma pessoas “Terra à Terra” que não é um escritor de grande renomme mais é uma pessoa que gosta de escrivinhar e muitos gostem do que ele escreve. Ao mesmo tempo, já lá vão 25 anos que se dedica ao nosso jornal e é tempo de o homenagear.
A nossa terceira homenagem é o restaurante Coco Rico e que merece muito pela sua ajuda na comunidade e principalmente ao jornal A Voz de Portugal.
E, Claro, há sempre surpresas que faço nestes eventos. E devem vir para saber quais são as surpresas.
No segundo tempo será uma cantora Marya Santos que vais apresentar o seu novo CD e vai cantar para este lindo evento.
A terceira parte desta linda noite é a apresentação do livro Açores – Canadá e ao mesmo tempo apresentação de uma linda exposição organizada pela associação AEAZORES.
E, para finalizar é a nova parte inovadora dedicado a nossa comunidade. Um projeto que era supposto de nascer em 2020 mas que nunca aconteceu. Em 2019 iniciou-se a mudança do logotipo do jornal incluído o emblema heráldico de Portugal e é popularmente conhecido por Cinco Quinas ou simplesmente Quinas. Esta modificação se finalizou nas festividades dos 60º aniversário.
E é por isso que apresentamos o prémio das Quinas, um prémio que a comunidade pode escolher quem vai ser premiado. Este prémio é dedicado as empresas e pessoas que ajudem a comunidade. Este ano uma comissão de 7 pessoas decidiram quem são os concorrentes para a edição de 2023. Decidimos que este ano vamos festejar o aniversário do jornal no dia, 3 de maio de 2023, e, ao memo momento vamos apresentar os vencedores destes prémios, onde 10 000 votos foram registados. Obrigado pelo vosso apoio.
Não se esquecem a sua Voz foi ouvido e é importante para fazer deste evento um momento memorável.

Mota Amaral escreveu páginas de Ouro da Nossa História

A história assinala, nos seus anais, o dia 8 de setembro, de 1976, como o dia da tomada de posse do primeiro Governo Regional dos Açores, saído de umas eleições democráticas, neste que é, coincidentemente, o dia dedicado à festa da Natividade de Nossa Senhora. Teve como seu Presidente João Bosco da Mota Amaral, com apenas 33 anos de idade, mas com uma longa e fulgurante carreira política. Permaneceu ininterruptamente naquele cargo até 20 de outubro 1995.
Vem isto a propósito da celebração das 80 primaveras de Mota Amaral, que reuniu no seu aniversário um numeroso grupo de amigos, de várias sensibilidades e de todas as ilhas, que se juntou para festejar a data, num ambiente de contagiante boa disposição e num momento de encontro de gente tão diversa, mas unida pela amizade e admiração que todos nutrem por tão ilustre personalidade açoriana, que constitui uma indeclinável figura histórica. Foi o próprio Presidente da República que, numa mensagem expressamente gravada para a ocasião, o classificou como um dos “Pais da Pátria”.
Desde muito jovem este singular açoriano mostrou os seus dotes intelectuais e, em 1965, licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo depois concluído o curso complementar de Ciências Político-Económicas, apresentando uma dissertação sobre Responsabilidade Civil da Administração Pública. Exerceu a advocacia em Lisboa, desde 1967, especializando-se em questões de Direito Administrativo e de Direito Fiscal.
Foi um dos que integrou o notável grupo da “Primavera Marcelista”, período inicial do governo de Marcelo Caetano, no qual se operou uma certa modernização social e uma liberalização política, criando a expectativa de uma verdadeira reforma do regime em Portugal, o que não chegou a acontecer. Foi naquela ocasião que Mota Amaral se destacou nos meandros políticos da capital do império e, em 1969, foi escolhido como candidato independente pela União Nacional, pelo círculo de Ponta Delgada, naquela que foi considerada a mais renhida campanha eleitoral dos Açores, em que a oposição obteve surpreendentemente uma elevada votação.
Um grupo de Deputados da União Nacional constituiu a chamada Ala Liberal, uma geração de políticos adeptos de uma liberalização do regime, em que Mota Amaral, conjuntamente com Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Magalhães Mota, entre outros, colocou a nu as fragilidades do regime, influenciando algumas decisões e rompendo com os cânones de uma linha mais dura e pouco flexível que aos pouco foi acabando por ceder.
Naquela legislatura, João Bosco Mota Amaral interveio em várias questões relacionadas com o Arquipélago dos Açores e conseguiu obter a abolição das barreiras alfandegárias entre as ilhas, apresentando com Francisco Sá Carneiro um projeto de revisão constitucional, em 1970, preconizando reformas democráticas ao regime e a autonomia das colónias.
A partir do 25 de Abril de 1974, Mota Amaral tornou-se numa figura incontornável e de primeiro plano na política portuguesa e foi um dos fundadores do Partido Popular Democrático, desempenhando vários cargos diretivos a nível nacional e regional e desde as primeiras eleições democráticas, foi eleito Deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República, mas com os mandatos suspensos, entre 1976-1995, para desempenhar o cargo de Presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores. Foi ele quem liderou a atuação do PPD na conceção e defesa da Autonomia Política-Administrativa dos Açores e da Madeira.
Criaram-se os órgãos de governo próprio, com competências para legislar em matérias de interesse específico das Regiões, assim como regulamentar, quer a legislação regional, quer as leis emanadas dos órgãos de soberania nacional. Por isso, os contornos do quadro constitucional, relativamente às autonomias, têm a sua indelével impressão digital, sendo como tal considerado o “Pai da Autonomia”, que muitos acabaram por acolher e defender.
Muito se escreveu e se disse no passado fim de semana sobre Mota Amaral e o convívio do Solar da Graça valeu pelo testemunho afetivo da sobrinha Maria do Sameiro, que num tom mais intimista, revelou alguns aspetos vivenciados no seu círculo familiar, durante todo o percurso de vida do tio, cujos valores éticos são inigualáveis, que o catapulta para uma figura de referência no todo nacional. Por seu lado, Bolieiro realçou a perenidade da trajetória de Mota Amaral que doutrinou para uma ideia de que um partido político serve para servir as pessoas e que o PSD lhe deve muito, pelo que nunca o esquecerá.
Neste momento de celebração é justo reconhecer com gratidão e sentido cívico todo o percurso de vida de João Bosco Mota Amaral, tanto a nível político, como a nível pessoal, pois ele já se tornou numa das mais emblemáticas e marcantes figuras da História dos Açores, que ele próprio já escreveu com letras de ouro.

“Arrivederci” Benfica estanca série de derrotas, mas diz adeus à Champions

Champions: Inter de Milão 3-3 Benfica
A caminhada foi bonita, mas a última imagem não é brilhante, e essa é que conta.
O Benfica disse adeus esta noite ao sonho europeu, ao empatar em casa do Inter de Milão, 3-3. Há uma semana os italianos tinham vencido por 2-0, na Luz, e a igualdade desta quarta-feira condena as águias a dizerem adeus à Liga dos Campeões, nos quartos de final.
O momento dos encarnados não era bom, mas a mensagem era clara: virar a página dos maus resultados, voltar a elevar o nível e tentar fazer história no Giuseppe Meazza. Pelo menos foi essa a mensagem dada por Roger Schmidt na véspera do encontro.

Schmidt, conservador até ao fim
E para isso, diga-se, era expectável que o técnico germânico fosse um bocadinho mais ambicioso à procura de uma remontada difícil. Mas Schmidt, já conhecido por ser pouco dado a mudanças, não surpreendeu.
Do onze que jogou de início na Luz há uma semana, só uma alteração: Otamendi, regressado após castigo, entrou para o lugar de Morato. Aursnes voltou a jogar à esquerda, depois de Chaves, e Chiquinho fez companhia a Florentino no meio. Mas a intenção anunciada por Schmidt ficou-se por isso mesmo, uma intenção.
Os primeiros minutos até mostraram um Benfica diferente, mas não tardou até ao Inter voltar a jogar como fez na Luz: de cadeirinha.

Barella complicou, Aursnes esperançou
A desinspiração era evidente na frente do ataque – João Mário parece esgotado fisicamente, Gonçalo Ramos teve muita dificuldade perante os centrais nerazzurri e Rafa nunca chegou a arrancar –, e para juntar à festa, a defesa não mostrou a segurança que havia mostrado em outras ocasiões.
E o encontro, diga-se, explica-se muito por aí.
O Inter, tal como em Portugal, não precisou de fazer muito para segurar esta águia com défice de confiança. Pelo menos é essa a ideia que fica.
O primeiro golo só complicou a moral do Benfica. Otamendi deixou-se ultrapassar por Dzeko, Barella tirou um coelho da cartola para pôr o Inter ainda mais perto das meias-finais. Isto aos 14 minutos de jogo.
À meia-hora, no meio de uma exibição cinzenta e algo desinspirada, o Benfica começou a reagir. O golo de Aursnes, aos 38 minutos, justificou isso mesmo, e deu à águia um outro elã para o segundo tempo.
E esse elã, com o Benfica a subir uns metros no terreno e a deixar o Inter desconfortável, durou 66 minutos. Aursnes foi solução de recurso à direita, depois da substituição de Gilberto para dar a direita do ataque a Neres, e o norueguês sofreu no segundo golo dos nerazzurri, finalizado por Lautaro.

K.O. na águia deixou o jogo estranho
O K.O na águia estava dado e a partir daí o jogo ficou… estranho. Tudo porque o Inter ainda chegou ao 3-1, por Correa – em mais um lance em que Otamendi fica muito mal na fotografia –, e deixou-se relaxar nos minutos finais. Mas talvez tenha relaxado demais.
Neres atirou ao poste da baliza de Onana, antes de António Silva reduzir para 3-2 a quatro minutos dos 90. No último lance do jogo, Musa reduziu estragos e fez o empate: 3-3 em Milão, 5-3 no agregado da eliminatória. O empate dá outra cor ao resultado, sim, mas não à exibição do Benfica. Sensação europeia até ao momento, a par do Nápoles, as águias deixaram uma imagem bastante abaixo do esperado frente a um Inter que te sofrido, e de que maneira, nas provas domésticas, e que tinha tido muitas dificuldades, por exemplo, frente ao FC Porto. O momento, repetimos, não era bom, mas a mensagem de Roger Schmidt também não pareceu ter tido grande sucesso. O técnico foi conservador até ao fim, e mais uma vez esta noite talvez tenha esperado demasiado tempo para mexer.
Para concluir: o empate é um mal menor numa noite infeliz, mas não dá para deixar o copo meio-cheio. A exibição dos encarnados foi novamente cinzenta, e não foi em Milão que os fantasmas foram deixados para trás.

Os Romeiros do Quebec Estão De Volta!

Após três anos de interrupção devido à pandemia, os romeiros do Quebeque voltaram à estrada para cumprir aquele que é para mim o mais comovente testemunho de fé da Quaresma.
Esta prática peregrina nasceu como resposta aos terrramotos de 1522 que soterraram Vila Franca do Campo. Reza a lenda que enquanto o povo caminhava rezando a Nossa Senhora e visitando as suas casinhas que a terra não tremia. A tradição Micaelense que leva peregrinos a percorrem durante oito dias entre trinta a quarenta quilómetros por dia, aqui decorre num só dia, na sexta-feira santa. A romaria no Quebeque foi fundada no dia 1 de Abril de 1988 pelos irmãos: Domingues e Manuel Luís, José Teixeira e Antonio Benfeito. Trinta e cinco anos depois é graças à persistência e ao entusiasmo de dois jovens que a romaria não permaneceu imóvel mais um ano. Miguel Amaral de 19 anos é o novo Mestre dos romeiros do Quebeque e o mais jovem de sempre, mas não esteve sozinho pois teve a seu lado o contramestre Jerry Arruda, ambos orientados por Duarte Amaral que foi mestre durante nove anos e é romeiro há trinta e dois anos.
Este ano na vanguarda do rancho estiveram Jason Medeiros o “menino da cruz”, na retaguarda Antonio Moniz o “procurador das almas” e no entremeio homens e mulheres de todas as idades, avôs, pais, filhos e netos. No total fomos setenta portugueses que unidos na fé percorremos cerca de vinte e três quilómetros contra um vento nórdico implacável. Com os guias Marco Medeiros e Michael Arruda caminhamos cantando à Virgem Maria para que nos perdoasse os nossos pecados e os pecados de outrem. Suplicamos a misericórdia de Deus e rezamos pelas intenções que nos foram confiadas. Segundo o meu relógio demos cerca de 34236 passos entre a igreja de Nossa Senhora de Fátima de Laval, ponto de partida da romaria e a chegada à igreja Santa Cruz em Montreal, parando por várias igrejas pelo caminho para cantar e rezar.
O mestre e contramestre partilharam as orações e cantorias com Danny Rebelo, Duarte Amaral e Johnny Arruda.
Antonio Moniz o “procurador das almas” marcou nos terços que levou ao pescoço a conta dos pedidos de orações em Avé Marias e Pai Nossos pelos quais nós romeiros rezamos durante a caminhada. No fim da romaria e depois das contas feitas coube a cada romeiro rezar em casa, um terço de Avé Marias.
Três veículos acompanharam o rancho garantindo a segurança dos romeiros: os irmãos João Rebelo, Joaquim Prates e José Manuel Silva fizeram um trabalho espetacular ao impedirem o trânsito nas encruzilhadas.
Os responsáveis agradecem a todos os irmãos que participaram na organização da romaria, aos benfeitores e aos colaboradores que ajudaram de uma maneira ou outra para que esta manifestação de fé e devoção fosse possível.
Obrigada também ao irmão Humberto Cabral pelas fotografias e pelos videos, que permitiram a quem não conseguiu ir na romaria, acompanhar a mesma através dos diretos no Facebook.

Apresentando os novos escritórios da Caixa Portuguesa

A Caixa Portuguesa Desjardins foi fundada a 8 de janeiro de 1969, por um grupo de portugueses radicados em Montreal, liderado por José das Neves Rodrigues, Jorge Trindade e mais tarde Carlos Silva. Para poder operar, a Caixa viu-se na obrigação de contraír um empréstimo de 25 000$. junto da Federação das Caixas de Economia Desjardins do Quebeque
A Caixa Portuguesa serviu sempre os portugueses na sua língua e ajudou economicamente na aquisição das suas casas e a fortalecer os laços familiares na comunidade. A Caixa Portuguesa inaugurou as suas instalações em 1980 no centro do bairro português. Ao longo dos anos, a Caixa tem apoiado associações, clubes, escolas, ranchos folclóricos, filarmónicas, etc.
Esta parte histórica é importante de compreender porque desde a sua abertura tiveram algumas renovações, mas nada comparado as estas últimas renovações. É claro que durante os últimos anos, com a Covid-19 e com todos os problemas a a mesma gerou nas nossas vidas, mudanças eram de se esperar. Foram dois anos muito difíceis e complexos para os associados e clientes da Caixa e para a população em geral.
As renovações eram praticamente inevitáveis, causou várias frustrações a muitos associados no início com todas as obras que tinham que ser feitas assim como agendamentos aos quais os mesmos não estavam habituados, mas no final tudo se compôs da melhor maneira. Falo inclusivamente por mim que por várias vezes me sentia irritado com as mudanças, mas era absolutamente compreensível, pois que de semana para semana observávamos o desenvolvimento destas renovações.
Quando a Caixa Portuguesa abriu as suas portas, todos podiam ver que as instalações estavam quase a ser finalizadas. E, o sorriso voltou a pairar nos seus clientes. Sem esquecer uma entrada tradicionalmente portuguesa com a “Calçada” um dos símbolos do nosso país, e deixem-me que vos diga que embelezou fortemente a dita entrada. Sempre que entro aquela porta sinto-me feliz e com um orgulho imenso das minhas raízes portuguesas.
LOCAL DE TRABALHO RENOVADO
Os novos locais de trabalho aproveitam a arquitetura atual do edifício dando uma ampla variedade de espaços de trabalho compartilhando as características de ser fluído, flexível, natural e luminoso.
A TECNOLOGIA AO SERVIÇO DO CLIENTE
A vasta área da Caixa Portuguesa Desjardins é agora um espaço mais alegre sem linha de espera e sem tropeços uns nos outros, graças ao serviço automatizado de senhas, o que facilita enormemente o atendimento ao cliente.
Quero dar os parabéns aos arquitetos que realizaram este trabalho, a todos os empregados que estiveram a trabalhar durante todas as renovações e que se sujeitaram a comentários desagradáveis da clientela e eu mesmo presenciei alguns deles. E por fim aos clientes pela paciência que tiveram durante as renovações.
E por finalizar, lanço um convite a todos clientes e não clientes a fazerem uma visita à nossa Caixa Portuguesa, vale a pena dar uma vista de olhos.

Tempestada de Gelo em Montreal

A cidade de Montreal acordou na manhã desta quinta-feira, congelada sob uma enorme camada de gelo, consequência da tempestade de gelo que atingiu principalmente Montreal, a cidade mais concentrado da província do Quebec na quarta-feira, 5 de abril.
“Montreal foi devastada”, mas a situação está “sob controle”, disse o ministro da Economia e Energia de Quebec, Pierre Fitzgibbon, durante um encontro com a imprensa, quando foram suspensos os alertas de chuva congelante.
Semáforos, bicicletas, carros, vegetação… Tudo estava coberto por uma espessa camada de gelo. Dados preliminares mostram que 3 a 4 cm de gelo caíram na metrópole francófona de Quebec em poucas horas.

MAIS de Um milhão de casas sem eletricidade
No total, pouco mais de um milhão de residências continuavam sem eletricidade na tarde de quinta-feira, a grande maioria delas em Quebec, mas algumas linhas haviam sido restabelecidas. Essas interrupções foram principalmente devido à queda de árvores que cederam sob o peso do gelo e danificaram as linhas de energia.
Em uma semana a maioria das casas voltaram a ter electricidade mas foi com muito tempo. Na sexta-feira 800 000 não tinha electricidade, e domingo faltava mais ou menos 300 000. Quarta-feira 12 de abril, uma semana depois desta tempestada há ainda casas que não tem eletricidade, 45 casas faltava ainda eletricidade o que não faz senso da parte da Hydro-Québec, que deveria ter feito 300% mais para poder restabelecer toda a eletricidade em menos de 48h.
Sem esquecer todos os danos de comida que todas estas casas tiveram, e alguns comércios portugueses também perderam muito com esta tempestade.
Esta é a maior queda de energia em Quebec desde a tempestade de gelo de 1998, que mergulhou a província no caos por várias semanas. Centros foram abertos para acomodar residentes sem eletricidade, pois as temperaturas se aproximam de zero graus e pode levar vários dias até que a energia seja restaurada para todos. “Nos últimos 20 anos, é a pior tempestade de gelo que tivemos”, disse Jean-Marc Grondin.
Mesmo sem luz, o frigorífico conserva
os alimentos. Mas por quanto tempo?
Numa altura de maiores temporais, por exemplo, é provável que haja alguma falha de eletricidade. O frigorífico é um dos eletrodomésticos que mais preocupa neste caso, uma vez que tem lá comida que se pode estragar. Segundo o ‘website’ Health, mesmo sem luz, a parte do frigorífico consegue manter a temperatura durante quatro horas. Já o congelador dura mais tempo. Se estiver cheio a temperatura mantém-se por 48 horas. Se estiver a meia carga, serão 24 horas.
Obrigado à Adelia Rocha por algumas fotos.

Casa do Alentejo em Montreal

A todas as semana vou ao restaurante Casa do Alentejo distribuindo o jornal e dando um aperto-mão ao Zé e continue sempre na minha corrida da quinta-feira.
Vi a Casa do Alentejo nascer e fui um dos primeiros a comer lá,… já organizei uma festinha lá e de vez em quando vou dar um passeiozinho e lá vou eu.
A semana passada vou comer com uns amigos e fiquei surpreendido, casa cheia e com muito animação, acho que foi realmente um bom momento com amigos “meio malucos”.
Todos sabem que as noite é importante de reservar o seu lugar porque os restaurantes estão muito occupados a servir os seu clientes, mas o proprietário deste lindo restaurante fez milagres para nos alegrar porque houve 3 pessoas que não era supposto de vir e quero o agradecer mais uma vez para nos acolher tão bem com um serviço 5 estrelas.

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