Ligação – Página 18 – A Voz de Portugal

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Marya Santos, um Verdadeiro Sonho Tornando-se Realidade

Nas últimas semanas fiquei a conhecer uma menina, que não é tão pequenina mas sim tem um sonho que está a tornar-se realidade.
Eu adoro estas lindas histórias de grande alegria porque, na realidade, devemos promover tudo o que é bom na vida. Há momentos mais difíceis, há momentos familiares, e há momentos que devemos nos definir e realizar o que nós pusemos de lado, “Numa pequena mala de cartão” e um dia, vamos o realizar.
Não conheço a Marya Santos, mas sim ela me conhece com as minhas reportagens, críticas e “jornalismo” comunitário cá em Montreal. Sim já tenho duas malas cheias de artigos que escrevi sobre eventos, festas artistas e ainda, gosto de ajudar todos que precisam de mim.
Falamos sobre o seu sonho de juventude, ser uma cantora que trás alegria e que hoje em dia quer pisar os palcos das comunidades portuguesas através do Canadá e mesmo ir aos Estados Unidos para dar um saltos nas grandes festas em Fall River, New Bedford, New Jersey, e muito mais. Mas, hoje, é um primeiro passo, uma apresentação de quem ela é, origens, sonho, onde pode ouvir a sua música, etc.
Em primeiro lugar quero vos apresentar o site da Marya: www.maryasantosofficial.com. Um site web muito simples e bem organizado.
E, ao mesmo tempo pode ouvir o seu novo CD que foi feito durante a pandemia, e ouvi o CD e é mesmo uma linda pérola musical para todos os gostos.
A minha canção preferida é “Papoilas e amores”, uma canção muito bem orquestrada e que tem muita diversidade musical.
Biografia da Marya Santos
Marya é natural da Guarda, Portugal. Reside em Montreal, Quebeque, Canadá, desde a sua infância. A música sempre fez parte da sua vida. Com apenas 10 anos, no dia da Revolução dos Cravos, cantou com o coro da escola, para os Heróis que fizeram de Portugal um país livre. Este momento histórico ficou gravado para sempre na sua memória.
Aos 15 anos, num serão de festa, no Clube Português de Montreal, mostrou a um grupo de músicos que sabia cantar, os quais a convidaram a subir ao palco. É aí que tudo começa, Marya tornou-se numa das revelações musicais na comunidade portuguesa de Montreal e arredores.
Marya estudou canto com a professora Laurette Bailly (pianista de Alys Robi, artista Quebequense). Alguns anos depois continua a educar a voz com o professor Roger Ferber (cantor e pianista francês).
Nos anos 90, Marya foi convidada por Gilles Latulippe – humorista, ator e cenarista, no Quebeque – e participou no programa de televisão “Star d’un soir”, Rádio-Canadá. Foi também uma das convidadas do programa “Les Démons du Midi”, Rádio-Canadá. Após uma pausa na sua carreira artística, Marya volta agora à sua paixão, a música e a canção.
Em junho de 2021, Marya é convidada pelo Festival Portugal Internacional de Montreal a participar nas festividades do dia de Portugal que ocorreu no Teatro Rialto em Montreal. Em julho de 2022, Marya lançou o seu primeiro CD em lingua portuguesa nas plataformas de streaming musicais e nas estações de rádio e televisão de língua portuguesa.
Em setembro de 2022, Marya foi convidada a participar nos programas de televisão Aqui Portugal e Praça da Alegria da RTP1 e Alô Portugal da SIC em Portugal. Foi também convidada a participar no programa Clube da Amizade da estação de rádio RDP da RTP.
Em 2022 Marya continua a promover o seu primeiro projeto musical junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
E, a história continua. Parabéns Marya.

Férias para fugir ao frio? Cinco locais a visitar

Estamos em pleno inverno, com as temperaturas baixas a trazer o aviso amarelo do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mas isto não é impedimento para tirar umas férias. Aliás, há destinos – aqui perto – onde as condições meteorológicas são mais favoráveis.

Está a planear tirar umas férias nos próximos dias? A Civitatis preparou uma lista, à qual o Notícias ao Minuto teve acesso, com os cinco “melhores destinos europeus para fugir do inverno” – e um deles é português.

Ilhas Canárias – “Este arquipélago formado por oito grandes ilhas, cinco ilhotas e incontáveis formações rochosas menores está situado na costa africana mas é território espanhol. As ilhas Canárias são conhecidas como ‘a terra da eterna primavera’, já que as temperaturas se mantêm entre os 16 e os 26 graus em todas as estações do ano e, por isso, são o destino preferido dos Europeus para fugir do inverno.”
Chipre – “Esse pequeno país de forte herança cultural grega está localizado no mar Mediterrâneo, bastante próximo da Ásia. Integrante da União Europeia, o Chipre é de fácil acesso para qualquer viajante que já esteja no continente. (…) O clima da ilha no inverno permanece sempre acima dos 10 graus e há, pelo menos, 300 dias de sol por ano”;
Malta – “Bastante popular entre os estudantes de intercâmbio que querem estudar inglês a preços mais acessíveis, Malta tem se tornado cada vez mais conhecida em todo o mundo e faz jus à fama que tem. O pequeno país possui paisagens naturais impressionantes e uma herança cultural bastante rica que mistura construções muçulmanas com monumentos cristãos. No inverno, as temperaturas costumam permanecer por volta dos 10 a 15 graus, mas em alguns dias podem chegar aos 20”;
Ilha da Madeira – “Os portugueses dizem que a ilha da Madeira é tão bonita que foi lá que a primavera escolheu tirar férias durante o inverno. Com temperaturas por volta dos 20 graus nas quatro estações e cenários bastante floridos, a região possui tantos atrativos que há visitantes durante todo o ano e sempre dizem que queriam ter ficado mais tempo”;
Málaga – “A cidade de Málaga, localizada no sul de Espanha, também é uma ótima opção para escapar do frio. Por lá, o sol aparece, em média, 300 dias por ano e as temperaturas durante o inverno variam entre os 12 e os 17 graus. É possível até encontrar alguns turistas com mais calor a tomar banho no mar e a aproveitar para se bronzear nesta época do ano”.

Fernando Santos: «Estrelas só conheço no céu e nunca vi lá uma sozinha»

O novo selecionador da Polónia, o português Fernando Santos, apontou à necessidade de existir um coletivo, um «conjunto de estrelas», e não apenas um jogador a fazer a diferença, em relação ao avançado Robert Lewandowski, uma das grandes figuras do futebol do país.
O que é importante é conseguir que isto funcionar como equipa. Eu tenho uma expressão que uso muitas vezes, estrelas só conheço no céu e nunca vi lá uma sozinha, nunca. Tem de ser um conjunto de estrelas», afirmou Fernando Santos, na conferência de imprensa de apresentação esta terça-feira, na qual relativizou o passado e o facto de ter treinado com Cristiano Ronaldo, apontando à distinção entre o que é o jogador e o que é a pessoa.
O técnico de 68 anos confirmou que vai mudar-se para Varsóvia e que vai procurar «com calma» e «naturalidade» o «espaço certo» para residir, tendo admitido que conhece mal o campeonato polaco. Um trabalho que quer desenvolver até ao final da edição deste ano da liga.
«Vão habituar-se a ver-me nos estádios. Eu não conheço e tenho de ser honesto. Se eu dissesse aqui que conhecia muito bem o campeonato polaco, todos se iam rir. A verdade é que não conheço, conheço mal, por isso é que agora, só vivendo cá e estando cá em permanência no fim do mês é que podemos observar. Iremos estar atentos e deslocar-nos a todos os campos, clubes. Ir fora, porque a seleção também tem jogadores a jogar fora, mas garanto-vos que nestes seis meses mais próximos, até fim do campeonato, estarei muito perto de estar a ver todas as equipas e as que não puder ver ao vivo estarei seguramente também atento», frisou.
O anterior selecionador de Portugal não mediu as ambições para o novo projeto, falando na vontade de ganhar.
«A minha maior ambição é ganhar tudo (risos). Não venho para perder, é uma palavra que, sinceramente, não gosto. Não durmo. A minha ambição é ganhar todos os jogos, é isso que vamos procurar fazer. Nem sempre às vezes é possível, há adversários», afirmou.
«Respeito não é ter medo. Respeitando o adversário, ficamos sempre mais perto de poder ganhar, acho que a Polónia tem de ter essa ambição, eu e os jogadores, de procurar vencer. É o meu conceito geral. Depois, o futebol é um jogo muito simples, acho que falamos muito de futebol e criamos nomes muito complicados para falar de futebol. O futebol é um jogo simples, foi criado assim, marcar golos, não sofrer, é a lei básica do futebol. Se não construirmos uma base boa no edifício, o edifício vai cair. A base do futebol é esta. Demorará o seu tempo, mas com esta qualidade, [jogadores] habituados a jogar em grandes campeonatos, Itália, Espanha, França, Inglaterra, não tenho dúvidas que é fácil entender o que pretendemos», disse ainda Fernando Santos, não escondendo que é importante ter um polaco ao seu lado na equipa técnica.
«Na Grécia tinha um colaborador grego. Acho importante um colaborador que seja polaco, nesta fase inicial era muito importante. Conhece bem a mentalidade, a forma de pensar, transmitir ideias, ontem tive oportunidade de conversar com os dois [Lukas Piszszek e Tomasz Kaczmarek] em separado e daqui a 15 dias vou dar a minha opinião ao presidente.
Quero decisões boas para a Polónia», referiu.

O Zellers volta ao Québec em 2023

O restaurante, a mascote Zeddy e, claro, a variedade de descontos nas lojas Zellers marcaram os anos 80 e 90 na provínica do Quebec. Embora que o Zellers fecho há cerca de dez anos, em agosto passado foi anunciado que iria renascer e, finalmente, já sabemos as localizações que abrirão na primavera.

Num comunicado de imprensa da HBC (Hudson’s Bay Company) publicado a 18 de janeiro, confirma-se que as primeiras 25 lojas Zellers serão instaladas nas lojas ” Bay Hudson” em todo o país, e terão todas uma área aproximada de 740 a 930. pés quadrados. Destes, haverá 5 lugares na província do Quebec, além do site web zellers.ca.

Os locais serão “Place Rosemère”, “Galeries d’Anjou” em Montreal, “Carrefour de l’Estrie” em Sherbrooke, “Les Promenades Gatineau” e “Les Galeries de la Capitale” na cidade de Quebec. Vinte outras filiais abrirão suas portas, incluindo duas em Ottawa, no Rideau Centre e no “Centre commercial Saint-Laurent”.

Decoração, móveis, utilidades domésticas, eletrodomésticos, brinquedos e acessórios para animais de estimação e muito mais chegarão às prateleiras dos novos Zellers. O comunicado de imprensa da marca refere ainda que artigos “emblemáticos” também terão lugar no inventário. Olá nostalgia!

“Os clientes encontrarão uma seleção cuidadosa de decoração para casa, brinquedos, itens para bebês, roupas e acessórios para animais de estimação, todos oferecidos na decoração vermelha e branca exclusiva da Zellers. »

A Voz de Portugal está de volta em Toronto

O jornal A Voz de Portugal tem uma rica história, relatando um pouco tudo o que aconteceu na comunidade portuguesa em Montreal e não só…
Este grande património jornalístico foi indo de mão-a-mão através das gerações e vários diretores, chefes de redações fizeram milagres para enriquecer este jornal que é o mais antigo do Canadá.
Nos anos 60 e 70, o jornal ia aos quatros cantos do Canadá, Otava, a grande área de Toronto, Calgary e Vancouver. Não vamos ir por este caminho porque o custo é enorme e o jornal não pode sustentar estas despesas de semana por semana, mas há alguns meses tivemos uma nova ideia inovadora e ela foi concluída a semana passada.
O ano de 2020, começa com uma grande novidade felizmente para a administração do jornal A Voz de Portugal, seguindo sempre o caminho da missão de informar o melhor possível a comunidade portuguesa através do nosso semanário. O caminho tem sido bastante difícil nos últimos anos devido a pandemia, mas sempre estivemos presentes embora um pouco reduzidos conforme as possibilidades mas não voltamos as costas à nossa missão, devendo-se ao empenho dos nossos colaboradores e comerciantes da comunidade que sempre contribuem para o sucesso do jornal.
O jornal vai estar presente nos comércios da comunidade de Toronto servindo esta no melhor possível.
Como temos feito ao longo de décadas.
Feliz Ano Novo a todas as comunidades. E que esta nova aventura editorial e administrativa vai a frente para melhorar o nosso jornal e que vamos ir mais longe nesta linda e rica história do jornal A Voz de Portugal.

OS REIS EM FESTA NA RÁDIO-CENTRE-VILLE

No passado dia 6 de janeiro, as portas da Rádio Centre-Ville estavam abertas para receber quem por bem quisesse passar para com os animadores da rádio celebrar os Reis e o bom ano desejar.
Elizabeth Martins Carreiro e Rafael Gaspar são os locutores responsáveis pela emissão Conversa Fiada com Beta e Rafa, programa que está no ar todas as sextas-feiras a partir das 18 horas até às 19h30.
Os animadores da RCV que falam de tudo e de nada prepararam uma emissão inédita de quatro horas ao vivo e em direto dos estúdios da rádio com convidados especiais e muitas surpresas.
O dia de Reis foi vivido com muito entusiasmo e boa disposição com o tradicional cantar das Janeiras. A Tocata do Grupo Folclórico e Etnográfico Português de Montreal que mantem viva esta tradição popular desde 2016, chegou ao estúdio vestida como antigamente para cantar os reis e as janeiras. Cantaram versos alusivos aos reis magos, ao Deus Menino e aos senhores da casa, acompanhados por instrumentos típicos como a concertina, o cavaquinho e o bombo, cumprindo-se deste modo a tradição que a pandemia tinha interrompido.
Além do GFEPM estiveram presentes duas jovens muito talentosas e com um futuro promissor, ambas vencedoras do concurso “vozes do festival” Alexia Martins e Gabriela Almeida Pereira que aceitaram sem hesitação alguma, o desafio de cantar ao vivo na rádio e sem adornos sonoros.
Intercaladas entre as cantorias, dezenas e dezenas de mensagens de bom ano de amigos, artistas, comerciantes e empresários da nossa diáspora, Portugal e até de França. Não faltaram à chamada: Tony Carreira, Rui Bandeira, José Perdigão, Kássio, Claudia Madeira, Jordelina Benfeito, Marta Raposo, Suzi Silva, Eddy Sousa, Jason Coroa, Júlio e Viviana Lourenço, Joe Puga, Eddie Sá, Herman Alves, Norberto Aguiar, Helena Loureiro, Isabel dos Santos, Padre José Maria Cardoso entre tantos mais que brindaram votos de um Feliz Ano Novo à rádio, seus ouvintes e à comunidade em geral.
O cantar dos reis e janeiras, conhecido no norte como “reisadas”, no Algarve como Charolas e nos Açores como “O Menino mija”, é uma secular tradição portuguesa que vai do 25 de dezembro ao 6 de janeiro. As Janeiras são a melhor forma para desejar um bom ano a todos mantendo viva esta tradição popular do nosso povo.
Para encerrar a emissão, o Grupo folclórico e etnográfico Português de Montreal, os animadores da rádio Centre-ville e todos os presentes cantaram juntos e com regozijo a canção mais popularizada das janeiras “Natal dos simples” de Zeca Afonso.
Numa atmosfera de confraternização em torno duma mesa bem recheada com doces, vinhos, licores e o indispensável bolo de rei brindou-se ao novo ano.

Meus senhores neste dia de reis
As janeiras vimos cantar

Boas Festas e alegria
vos queremos dar

À rádio, aos jornais e à tv muita alegria vimos brindar
E votos de um bom ano desejar.

“Mais um dia terrível”. Zelensky agradece aos que ajudaram em Brovary

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu, esta quarta-feira, “a todos os envolvidos” nas operações de resgate na sequência da queda de um helicóptero junto a uma creche e um prédio residencial, em Brovary, na região de Kyiv, que provocou a morte de 14 pessoas.
No seu habitual discurso diário, Zelensky começou por falar naquele que foi “mais um dia terrível” da guerra e confirmou que o acidente provocou 14 mortes, incluindo uma criança, e 25 feridos, dos quais 11 são menores.
“A operação de resgate durou quase nove horas em Brovary. Centenas de pessoas estiveram envolvidas na extinção do incêndio, busca e resgate de feridos, realizando as primeiras ações de investigação. Os nossos socorristas, polícias, soldados da Guarda Nacional, médicos, psicólogos, funcionários do Serviço de Segurança da Ucrânia”, começou por adiantar.
“Agradeço a todos os envolvidos nesta operação de resgate hoje”, acrescentou.
O chefe de Estado ucraniano agradeceu ainda às educadoras e funcionários da creche afetada pela queda do helicóptero, “pelas suas ações ousadas” para “tirar as crianças”, bem como a outros residentes “que ajudaram tanto as crianças quanto os feridos”, fazendo questão de enumerar os seus nomes.
“Os meus sentimentos a todos aqueles que perderam os seus entes queridos”, lamentou, reforçando que o Serviço de Segurança da Ucrânia iniciou uma investigação criminal ao incidente.
Zelensky não deixou ainda de assinalar a morte do ministro do Interior ucraniano, Denys Monastyrsky, do vice-ministro, Yevgeny Enin, e do secretário de Estado Yurii Lubkovych, vítimas do acidente.
“Perdemos pessoas que eram profissionais, patriotas e gerentes confiáveis. O ministro Denys Monastyrskyi, Yevhen Yenin e os seus colegas que morreram no acidente não são pessoas que podem ser facilmente substituídas. É realmente uma grande perda para o Estado. As minhas condolências aos familiares”, destacou.
“Assim que factos claros forem estabelecidos sobre o que exatamente levou ao acidente, forneceremos essas informações”, assinalou ainda.
Zelensky aproveitou ainda para fazer um ponto de situação sobre o conflito e admitiu que “a situação na linha da frente continua difícil, com o epicentro das batalhas mais ferozes e íntegras em Donbass”.

Fernando Gomes: «Mourinho? A única proposta que fizemos foi a Roberto Martínez»

Presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) diz que o espanhol encaixou no «perfil desenhado» para suceder a Fernando Santos. «Ele, tal como nós na Federação, acredita que Portugal pode e deve estar sempre na decisão. Significa, pelo menos, aceder às meias-finais em qualquer prova»
Roberto Martínez foi apresentado, esta segunda-feira, como o novo selecionador nacional de futebol de Portugal. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, explicou que o organismo optou por iniciar já um ciclo novo, pensando até ao Mundial 2026, com o sucessor de Fernando Santos.
«Sublinho o sinal de coragem que nos dá a todos, uma vez que aceita suceder ao treinador mais titulado. Recebo-te em nome dos portugueses, seguro de que tudo farás para colocar a equipa de todos nós nas decisões das maiores provas internacionais. É um momento importante para a seleção», começou por dizer Fernando Gomes, que falou da opção da FPF após o Mundial 2022.
«Depois de um Mundial em que todos, a começar por mim, sentimos que Portugal podia ter ido mais longe, o desafio foi: levar o ciclo que levou em 2014 até ao Europeu de 2024, ou iniciar já o ciclo que visa chegar ao Mundial 2026 como um dos mais fortes candidatos ao título. A minha decisão, a nossa decisão depois de profunda ponderação, foi começar um ciclo novo. Permitam-me que seja muito claro: apesar de o nosso mandato terminar em 2024, cumpre-me tomar todas as decisões que assegurem uma transição segura e tranquila para o meu sucessor ou sucessora», afirmou.
Questionado pela comunicação social sobre se José Mourinho foi contactado para selecionador, como primeira opção, Fernando Gomes não foi claro e garantiu que a única «proposta concreta» foi para Roberto Martínez. «O que interessou desde a primeira hora foi definir o perfil. Falámos, dentro desta procura e pesquisa, com muita gente. A única proposta que fizemos, concreta, para ser treinador, foi ao Roberto Martínez», apontou. «Nas últimas semanas, definimos o perfil do novo selecionador em conjunto com os membros que acompanham a seleção A, Humberto Coelho, João Pinto e com José Couceiro. O novo selecionador teria de ser ambicioso, conhecedor do futebol internacional, habituado a treinar jogadores ao mais alto nível, com experiência nos melhores campeonatos e seleções. Nunca foi relevante o local de nascimento. Somos uma seleção formada por jogadores, que atuam, já atuaram ou irão atuar em diferentes países e campeonatos. O percurso de Roberto Martínez fala por si. Tem construído uma carreira com base na permanente aquisição de competências e trabalho», disse, ainda.
«Na primeira conversa com o Roberto Martínez, foi claro que estava perante um treinador que encaixava no perfil desenhado.
Ele, tal como nós na Federação, acreditamos que Portugal pode e deve estar sempre na decisão das grandes competições. Significa, pelo menos, aceder às meias-finais em qualquer prova. É isso que ambicionamos, é o ADN da Federação», notou, também.
Roberto Martínez é o terceiro estrangeiro a comandar a seleção de Portugal. Os dois anteriores foram brasileiros, Otto Glória em duas ocasiões (1964 a 1966 e de 1982 a 1983) e Luiz Felipe Scolari (de 2003 a 2008).

A colonização de Roberto Martínez Artigo de opinião Bruno Andrade
«Portugal tem treinadores melhores» é uma verdade muitas vezes indiscutível. Porém, dita sem qualquer análise aprofundada e tão somente para inferiorizar quem vem de fora, tem quase sempre um traço bem característico: xenofobia. Ora escondido, ora explícito.
Ninguém contesta a nacionalidade de um empregado doméstico quando vê a casa uma bagunça e corre para agendar uma faxina. Também não discute o país de origem de uma manicure, de um barbeiro, porteiro ou limpador de carros.
Agora, quando o cargo em questão é de alto reconhecimento, impacto e visibilidade, seja dentro ou fora do futebol, a chuva de preconceitos e ignorância causa mais traumas e feridas do que os temporais que recentemente geraram caos em algumas cidades portuguesas.
Podemos e devemos avaliar as credenciais e as características de Roberto Martínez. Se combina ou não com o novo projeto. O que fez ou deixou de fazer nos quase sete anos em que comandou a melhor geração belga de sempre. Ser espanhol ou não jamais pode entrar na equação.
É preciso também considerar as (boas) opções portuguesas livres ou dispostas a deixar nesta altura o dia a dia de um clube para assumir uma seleção. São desafios e ambições diferentes. Nem todos querem, o que é totalmente compreensível. José Mourinho, por exemplo, optou por seguir na Roma.
Portugal tinha nomes interessantes no mercado quando o Benfica contratou Roger Schmidt. A escolha tem se provado cada vez mais certeira, visto os resultados nacionais e internacionais. O sucesso imediato do alemão não diminui em nada as qualidades de Sérgio Conceição e Ruben Amorim. Juntos, tornam o futebol português mais atraente e competitivo.
Um país outrora colonizador que anualmente acolhe milhares de estrangeiros e vê na mesma proporção a emigração de diversos filhos e filhas deveria olhar para o sucessor de Fernando Santos como alguém que veio para aprender e ensinar. Para somar. Não veio para roubar o emprego de ninguém.

Habituem-se… à mediocridade!

Recentemente o primeiro ministro António Costa brindou as audiências com uma entrevista à revista Visão onde aparece em magnífica pose fotográfica digna de um Marquês de Pombal dos tempos modernos. Talvez pela (pouca) semelhança entre o fenómeno natural e inesperado que ambos enfrentaram, um com o terramoto, o outro com uma pandemia, mas acima de tudo pela diferença de habilidades, choca a referência comparativa.
O recente caso da secretária de estado do tesouro Alexandra Reis, que sai da TAP com uma boa indeminização, entra logo a seguir para outra empresa do estado (NAV) por apenas seis meses e salta logo para secretária de estado, foi a gota de água que abalou a imagem “nobre” de um governo desgovernado que desde há muito existe por existir sem qualquer ideia, visão ou rumo para Portugal. Esta caso ainda carece de muitas explicações: por exemplo, na nota da TAP à CMVM aquando da saída da administradora Alexandra Reis no início de 2022 dava conta que a administradora saía por vontade própria, enquanto que recentemente a TAP vem afirmar que afinal a saída foi iniciativa da TAP… em que ficamos?
Os múltiplos “desconhecimentos” do caso e do valor da indeminização por parte dos ministérios das infraestruturas e das finanças, ambos com a tutela da TAP, levaram para já à queda de um dos ministros mais fortes do aparelho do PS e ao enfraquecimento do ministro das finanças. Mas as coisas não ficam por aqui: a dança de cadeiras entre secretarias de estado atribuídas a familiares, familiares que pertencem a partes interventivas de determinados processos e a dança de cadeiras entre empresas do estado e governo, mesmo entre ministérios, é por demais chocante! Só não percebo como o povo português não se mobiliza contra esta… anormalidade, para não referir uma palavra mais agressiva. Afinal o povo português aprova isto?
Voltando ao governo, que tem maioria absoluta e que nos primeiros meses tem tido escândalos ao ritmo de pelo menos um por mês, evidencia apenas aquilo que se sabe desde o início: é um governo que existe por existir!
O talento de António Costa reside apenas nisto: um instinto de sobrevivência aplicado à política na gestão de redes de interesses que proporciona o seu prolongamento no lugar decisório.
Mas mesmo ele já se apercebeu que não existe futuro pois ele pensa apenas no presente, apanágio de todos os oportunistas que mais cedo ou mais tarde são apanhados pela bola de neve das suas incongruências.
A saída para a Europa, que seria ótima pois não exigiria a maçada de eleições e portanto o libertaria deste novelo de rede de interesses, permitira governar sem aquilo que já o farta em Portugal.
O problema é o rasto que deixa atrás de si. A incompetência é evidente apesar do talento que acima referimos.
A mostra disso é os dados cada vez mais preocupantes para Portugal apesar dos seus sete anos de governação e de, pelo menos até antes da pandemia, ter sido bafejado por um dos períodos mais favoráveis internamente como externamente.
Os sucessivos casos, que António Costa bem tenta minimizar, refletem isso mesmo: o oportunismo no seu máximo assim como incompetência, secundados por um apego irrefletido a certas ideologias. É interessante notar que talento não equivale a competência executiva, o que neste governo é um exemplo notório.
E o presidente da república, como “supervisor” do bom andamento das instituições governativas entre outras? Recentemente Marcelo Rebelo de Sousa foi interpelado por dois cidadãos portugueses que de forma intensa e apaixonada ainda que com a honestidade rude popular disseram algumas verdades que Marcelo precisava de ouvir.
O presidente Marcelo tem se entretido a criar uma miragem junto da sociedade em torno da governação desastrosa que teve o mais recente alto com o caso de Alexandra Reis, o que coloca o presidente numa situação complicada pois é também arrastado por se poder dizer que será coparticipante no estado das coisas por não ter sido mais assertivo anteriormente. A excessiva preocupação em criar um ilusório ambiente de “tudo está bem” impede que se resolvam os problemas e assim todos os problemas do governo de António Costa têm persistido ao longo destes últimos sete anos.
Na sua mensagem de fim de ano o presidente foi certeiro quando enviou mensagens ao governo: erros de orgânica, descoordenação, falta de transparência, etc., mas é preciso mais e no tempo certo.
Com isto Portugal paga um preço alto.
A estagnação, acomodação e o “deixa andar” estão bastante presentes.
Ninguém se incomoda com nada desde que não mexam no seu quinhão particular. A sociedade contenta-se com a mediocridade. Daí compartilhar com aquele cidadão em Murça que enfrentou o presidente: sinto-me triste, aliás, sinto vergonha que uma sociedade se deixe acomodar à mediocridade pois revela uma pobreza de espírito profunda. Acho que os portugueses são melhores que isso.
Tenho a certeza!
Mas algo vai ser preciso para vencer a inércia a que a sociedade portuguesa se votou para mudar positivamente.
A sociedade portuguesa é a chave: se por um lado é a origem dos seus próprios males, por outro lado encerra as soluções necessárias à melhoria que se impõe, melhoria esta que deveria ambicionar, pois eu como outros portugueses não nos queremos habituar à mediocridade e ao oportunismo!

Artigo escrito por Jorge Correia

Mosteiro da Batalha abre espaço expositivo na antiga cozinha conventual

A exposição “11 compositores no mosteiro” marca o início do novo uso para a antiga cozinha conventual, que durante os últimos anos acolheu a loja do monumento.
Com a inauguração da nova loja do Mosteiro da Batalha, em julho de 2022, “ficou livre esse magnífico espaço que é a primitiva cozinha conventual”, explicou à agência Lusa o diretor, Joaquim Ruivo.
“É também o espaço do Mosteiro mais acolhedor, menos influenciado pelas humidades e diferenças de temperatura” e, por isso, aquela divisão é a “ideal para acolher, ao longo de todo o ano, exposições que, por força das circunstâncias, dificilmente tinham cabimento. De pintura e fotografia, por exemplo”, afirmou.
Num monumento onde “todos os espaços são relevantes”, tanto sob o ponto de vista artístico ou arquitetónico”, como “pelo uso que lhes era dado no tempo da vida conventual”, a cozinha surge como um dos destaques.
“A cozinha, naturalmente, era um lugar especial, por todos os motivos. Hoje, livre do mobiliário da loja, é um espaço que nos impressiona pelo seu depuramento, pontuado pelos armários embutidos nas paredes, pelo que resta da chaminé, onde se atesta um evidente saber fazer”, descreveu Joaquim Ruivo.
A sala destaca-se sobretudo pela referida chaminé, na qual, uma secção significativa da parede, “para acomodar as elevadas temperaturas, foi construída com fiadas alternadas de pedra e tijoleira”, sistema que pode hoje ser analisado e contemplado.
Neste renovado espaço do monumento tutelado pela Direção-Geral do Património Cultural pretende-se, a partir de agora, apresentar exposições de natureza variada, como pintura, fotografia, “pequena escultura e também de objetos de arte”.
“Abre-se, com este espaço, a possibilidade de parcerias com museus, porque aí podemos acolher, em condições de temperatura e de segurança, diversas exposições temáticas que até agora não podiam ser realizadas no Mosteiro”, frisou o diretor.
Para abrir o novo espaço foi escolhida a exposição “11 compositores no mosteiro”, que inaugura no sábado, às 15:00, e fica patente até março.
Segundo Joaquim Ruivo, a temática da música “tem um enquadramento muito feliz no espaço do Mosteiro” e também “remete para toda uma vivência da juventude do autor: para além da sua ligação à pintura, foi bailarino do Grupo de Bailados Verde Gaio no Teatro de São Carlos, tendo paralelamente executado cenários e figurinos”.

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