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O 38 depois de anos que foram um 31

A 18 de maio de 2019, também nesta Luz contra o mesmo adversário desta tarde/noite, a estrutura parecia inquebrável. O projeto de futuro do Benfica estava mais vincado do que nunca. Ao 13.º ano, o Seixal dava, finalmente, verdadeiros frutos desportivos, com um treinador e meninos da formação a saltarem da equipa B para virarem do avesso um campeonato perdido.
Dizia-se que os encarnados estavam dez anos à frente da concorrência que, se assim fosse, nunca poderia sequer sê-lo. Que aquele ano anterior, em que o FC Porto negou o penta ao rival, fora mero acidente de percurso. Um descuido causado pelo excesso de confiança de um líder.
No ano seguinte, as águias de Lage voaram até já bem dentro da segunda metade da época. Até que deram sinais preocupantes de fragilidade. Veio uma pandemia. O futebol jogado em estádios sem alma. O Benfica a perder tudo o que havia conquistado. Os títulos. O projeto. O rumo.
Seguiu-se um arriscado investimento sem precedentes. O regresso de um messias de nome Jesus. Um presidente detido. A queda dele e a ascensão, validada em sufrágio, de outro. Muitas mudanças, mas, na prática, aquilo que verdadeiramente interessava aos adeptos na mesma. E os títulos? Nenhum desde a Supertaça no Algarve em agosto de 2019.
Até que chegou um alemão. Apaixonado por futebol. Apaixonado, por consequência, pelo Benfica, atirara sem pestanejar ainda no aeroporto.
E a águia levantou voo tanto tempo depois. Tornou-se dominadora por cá e voltou a ser gigante na Europa.
Apresentou um futebol fiável e vibrante, suportado por uma parceria improvável entre um futuro campeão do Mundo e um teenager imberbe no eixo defensivo. A bússola de Enzo a meio-campo. A fantasia de Neres, a velocidade de Rafa, o instinto de Ramos e um João Mário renascido.
O Mundial antes da metade da época fê-la perder altitude. E fez partir o jogador mais influente da equipa. Cerrou-se fileiras e improvisou-se com sucesso até o desgaste acumulado tornar impossível disfarçar que, afinal, havia fragilidades.
As últimas semanas trouxeram incerteza. Desassossego. A derrota caseira, à 27.ª jornada com o FC Porto, poderia ser apenas um acidente de percurso numa caminhada aparentemente inabalável, mas a forma como aconteceu e nova derrota em Chaves na semana seguinte mostraram que era bem mais do que isso.
Marcados por repetidas experiências traumáticas, os adeptos vacilaram. Era preciso algo diferente, dizia-se.
E entrou o miúdo Neves. João, como o outro, o Félix, que virara um campeonato do avesso quatro anos antes.
O Benfica voltou a estabilizar. Manteve distâncias para o maior rival e afastou outro da luta. Acumulou vitórias e voltou a crescer dentro de campo. O título estava à distância de uma vitória em Alvalade, mas no dérbi só se viu metade de Benfica: o da segunda parte, que ainda assim bastou para arrancar um empate.
Neste sábado, 1.470 longos dias depois, o 37 deu lugar ao 38 e ficou confirmado o fim de uma longa travessia no deserto.
Mas antes, porque entre a 27.ª e a 33.ª jornadas a vantagem de dez pontos caiu para os dois, foi necessário fazer por isso.
Em tese, o adversário era o mais acessível de todos num jogo de antípodas. O líder quase-campeão contra o lanterna-vermelha e já despromovido. Mas neste desporto chamado futebol, a lógica nem sempre prevalece.
E, no fundo, que bom que assim o é, mas na Luz ficou bem cedo vincado que o destino deste campeonato seria o mesmo de todos os outros nos quais o Benfica chegou líder à derradeira jornada.
Com três alterações no onze relativamente ao dérbi do fim de semana passado com o Sporting (Morato, Bah e Florentino), o Benfica entrou no jogo pressionante e o golo de Gonçalo Ramos aos 7 minutos foi a natural consequência do domínio territorial dos encarnados.
Não é que faltasse confiança, mas o golo serenou definitivamente a Luz e os jogadores no relvado. Confirmou, no fundo, que a festa do 38 não se transformaria num autêntico 31.
O ritmo baixou, mas os encarnados, autoritários, tiveram sempre o jogo controlado. Ainda assim, seria num momento em que o Santa Clara estava instalado no meio-campo ofensivo que se celebrou o 2-0, numa daquelas transições diabólicas iniciadas e concluídas por Rafa.
O Benfica-Santa Clara teve quase tudo o que foi o novo campeão nacional durante a época. O conservadorismo nas opções táticas do alemão. Eficácia na forma como os homens o Benfica construiu uma vantagem de dois golos com poucas ocasiões de golo. Capacidade para asfixiar o adversário e mantê-lo, quando mais importou, longe da baliza de Vlachodimos. Mas também momentos de desconcentração que estiveram na base da esperança com que o rival se alimentou até à meta. Viu-se isso a espaços na primeira parte e muito na segunda, mas aí já o Benfica construíra uma vantagem de três golos.
Por faltar em três, o último foi de Grimaldo. O lateral cumpriu o último jogo pelo Benfica e marcou de penálti. Antes de avançar para a bola, as bancadas pareciam divididas, mas quando Grimaldo beijou o símbolo a hostilidade deu lugar ao perdão que, no fundo, o espanhol merece por tudo o que deu pelo clube até ao último dia.
O betão das bancadas tremia e, por lá, via-se pouco do jogo. Mas nós, entre a visão perturbada pelos milhares aos saltos e o fumo cada vez mais intenso à flor do relvado, vimos Vlachodimos negar um par de vezes o golo aos açorianos. Também o grego teve o tributo merecido: saiu aos 88 minutos para ouvir o maior aplauso que a Luz alguma vez lhe dirigiu e para permitir que Samuel Soares também pudesse receber a medalha.
Podem soltar os foguetes. O Benfica é campeão.

Grupo de Jovens em Ação nas JMJ

O Grupo de Jovens em Acção, da Missão de Santa Cruz, liderados pela simpática Celeste Fernandes, desloca-se este ano a Lisboa, do 1 ao 6 de Agosto, para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude.
Graças à dedicação e trabalho deste jovens, em festas e festejos das nossas agremiações, angariaram assim, fundos para algumas despesas da sua viagem.
Recentemente, várias foram as firmas, que admirando o empenho destes Jovens, decidiram patrocinar a sua deslocação a Portugal, onde vai estar a juventude do mundo inteiro, para se encontrar com o Santo Papa Francisco.
No passado fim de semana, no final de Domingo, mesmo depois de muito cansaço, pelo esforço de três dias de trabalho, encontrei-os felizes e agradecidos, pelo facto do Festival Portugal Internacional de Montreal, presidido por Joe Puga e os mordomos de Santa Cruz, Fátima Raposo e Arthur Sousa, lhes terem convidado para executar várias tresponsabilidades durante festa.
Exibem orgulhosamente os patrocinadores nas suas camisolas de trabalho, para que sejam bem visíveis, os tendo impresso, tanto na frente como na traseira delas.
Muitas têm sido as pessoas e organismos que simpatizam com a causa dos Jovens em Acção e lhes têm ajudado, tal como seus familiares, entre eles a Sandy e Pedro Dias, a Casa dos Açores do Quebec, a Missão Santa Cruz, etc.
Se tiver vontade de os ajudar, poderá deixar na secretaria, um envelope com o seu donativo em nome de Jovens em Acção.
A Voz de Portugal deseja a todos estes jovens boa viagem e uma agradável estadia no pais que viu crescer seus avós e que esses dias de oração e de diálogo, em sintonia com o Santo Papa Francisco, continue a lhes fazer crescer em família.

Escrito por Antero Branco

A Fé de um Povo Movido pela Devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres

As festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres se realizarem na cidade de Montreal, no passado fim-de-semana.
O Centro Comunitário da Missão Santa Cruz, nestes dias, é o lugar predileto para onde convergem os católicos portugueses e não só, na busca de uma graça, ou no cumprimento de uma promessa.
São rostos humanos, sem máscaras, respirando alívios de sofrimentos resgatados pelo Senhor, são fiéis devotos que depositam na imagem do Senhor Santo Cristo a esperança de alcançar um milagre nas suas vidas.
As festividades tiveram início na sexta-feira com a mudança da imagem da sua capela, até ao seu andor, que estava divinamente florido com muitas rosas encarnadas assim como toda a igreja, estava excelentemente enfeitada, antes de fixar a imagem no andor, foi depositado nos seus ombros uma nova capa pelo casal Ana e Alex Braga que foi uma oferta deste memo casal, residentes na provincia do Ontário, arredores da cidade de Toronto. Que propositadamente vieram juntamente com outros familiares e amigos assistir as festas em honra do senhor Santo Cristo em Montreal
A capa é de uma beleza rara, foi confecionada pela senhora Maria Madalena Paiva residente nos Estados Unidos, o bordado na capa, que Ecce Homo levou este ano aos ombros, simboliza graças recebidas à família Braga.
A frente representa a cura, de uma longa doença do Alex e na parte detrás uma coroa do Espírito Santo um especial agradecimento ao Divino, por ter dado aos cientistas a sabedoria de remover um temor que durante muitos anos estava no cérebro da filha deste casal.
Mas os maiores dias da festa, em que os fiéis são convidados a participar, foram no sábado 20, e domingo 21 de Maio de 2023.
O programa das festas deste ano, na parte religiosa, o padre Jason Reis, natural de Montreal, mas a exercer as suas funções sacerdotais na ilha de São Miguel, do arquipélago dos Açores, foi o convidado a presidir às festas deste ano, um jovem sacerdote que foi batizado na igreja de Santa Cruz em Montreal, no sábado acompanhado pelo grupo coral Santa Cruz dirigido pela senhora Inês Gomes e no domingo pelo grupo coral do Senhor Santo Cristo dirigido por Filomena Amorim ainda na missa o padre Jason, foi coadjuvado pelo padre Adam, responsável pela Missão de Santa Cruz, e o cónego Sr. Ramos.
A missa de domingo contou com a presença do casal Braga, o Cônsul geral de Portugal em Montreal Sr. Doutor Francisco Saraiva e pelo segundo ano consecutivo o doutor Horácio Arruda ex-director regional da saúde pública do Quebeque, que se fez acompanhar pela sua esposa.
O programa profano tinha muita qualidade, para animar o arraial de sábado, concerto com a Filarmónica de Montreal e de Laval e o Ruben Aguiar com a sua banda que por motivos pessoais e à última da hora não pôde viajar para Montreal, mas a comissão das festas não poupou esforços para contratar um outro artista de renome e bem conhecido de todos David Melo dos Estados Unidos, substituir o Ruben Aguiar. Para o domingo estava programado a artista da nossa comunidade, Sylvie Pimentel, conjunto Starlight, e o DJ Alex Moreira
No sábado, a imagem do senhor Santo Cristo, saiu à rua aonde recebeu as boas vindas dos presentes, sobre os cânticos do grupo coral da missão de santa Cruz e depois foi dar a volta ao recinto da missão e a uma parte da rua Rachel entre Clark e Saint Urbain, acompanhada pela Filarmónica de Montreal e de Laval, aos ombros de homens entre eles motociclistas que mais uma vez marcaram a sua presença para saudar o senhor ao som do ruído próprio dos motores que ao passar da imagem lhe prestaram uma homenagem, de seguida as motos foram benzidas pelo padre Jason.
As Filarmónicas de Montreal e de Laval animaram a primeira parte do arraial com um concerto musical, depois o artista David Melo, já não lhe foi possível cantar devido a chuva.
O grande momento das festas por todos esperados, é o domingo que depois da missa solene é a saída da imagem na procissão aonde muitas centenas de pessoas convergiram para o adro da igreja Santa Cruz para incorporarem a procissão e outros ficam nas ruas para venerarem a imagem do altíssimo.
A procissão deste ano foi acompanhada pelas filarmónicas do Divino Espírito Santo de Laval e Portuguesa de Montreal.
O arraial do domingo após a recolha da procissão começou com atuação de Sylvie Pimentel, em seguida David Melo, que como mão havia sido possível no sábado disponibilizou-se a cantar no domingo, as festas deste ano terminaram, com a atuação musical do Starlight e o estrondoso “Show” do DJ Alex Moreira que trouxe uma multidão de jovens e que os levou a loucura como antes nunca visto nestas festas.
De novo, os portugueses e Luso descendentes de Montreal, viveram, os seus dias maiores, manifestaram a sua crença na realeza de Jesus, num testemunho de fé.
Mensagem enviada à Comissão das Festas do Sr. Santo Cristo & ao DJ Alex Moreira de Sandy Gonçalves.
“Domingo à noite viveu-se um momento excecional e inesquecível no recinto da nossa igreja. Miúdos e graúdos curtiram como se não houvesse amanhã. Aliás, ouvi vários jovens dizer que foi a melhor noite da vida deles! Podemos continuar a dizer que os jovens são isto ou aquilo, mas se lhes proporcionamos o contexto certo, com as condições certas…eles são um espetáculo! Obrigada a quem soube apostar na juventude, com um programa inclusivo, diversificado e artistas de calibre internacional. Só assim podemos garantir a continuidade das tradições que nos unem e fomentar um sentimento que não se explica, mas sim que se sente, como se sentiu este fds!
Força e viva a nossa Comunidade.

Escrito por Mário Carvalho

International Portuguese Music Awards

Os International Portuguese Music Awards, apresentados pela TAP Air Portugal, foi sábado à noite um evento animado com a passadeira vermelha em pleno andamento. O evento contou com a atuação de artitas de renome como José Cid, Pedro Abrunhosa, Plutonio, Toy, Ruby Anderson, Eratoxica e os juris do The Voice Portugal, Marisa Liz e Diogo Piçarra.
A estrela do NCIS Los Angeles, Daniela Ruah, e Ricardo Farias, da RTP, foram os anfitriões da décima primeira celebração anual que homenageou músicos de ascendência portuguesa, vindos de todas as partes do mundo para o icónico Providence Performing Arts Center, em Rhode Island, o estado com maior percentagem de população portuguesa nos Estados Unidos.
O comediante em ascensão, Hugo Brito arrancou gargalhadas do público durante o seu ato de comédia antes do espetáculo, onde atuou como a personagem “Vavo Brito”.

Foram entregues treze troféus:
Prémio IPMA Lifetime Achievement
José Cid: José Cid é conhecido pela sua mistura única de rock, pop e música progressiva. Com uma carreira de mais de 60 anos, lançou mais de 30 álbuns e foi galardoado com 25 discos de Prata, 8 de Ouro e 3 de Platina. José representou Portugal na Eurovisão duas vezes e, em 2019, recebeu o prémio Latin Grammy Lifetime Achievement Award.
Videoclipe do ano
“Gato Preto” – Diogo Pinto, realizador: Ricardo Bernardino (Portugal)
Melhor atuação instrumental
“Tico Tico no Fubá” – Jâca (USA)
Melhor atuação de World Music
“The Island” – Hélder Bruno (Portugal)
Melhor Atuação Tradicional
“Dentro de Mim” – Equinōcio (Portugal)
Melhor Atuação de Fado
“Lá Vai Ela” – Marcelo (Portugal)
Melhor Atuação de Rap/Hip-Hop/Dança
“Clandestinos” – TOM GVNG (France)
Melhor Atuação de Rock
“Give Me Life” – VAXXO (Canada)
Melhor Atuação Pop
“Sweet Amsterdam” – The Black Mamba (Portugal)
Melhor Atuação de Música Popular
“Chocolate e Menta” – Tomás (Portugal)
Canção do Ano
“O Sol Brilha” – Richfellaz, written by Richfellaz (Portugal)
Prémio People’s Choice, apresentado pela LIUNA
“Mais ou Menos Isto” – Rita Rocha (Portugal)
Novo Talento
Rafaėlla
O vencedor do Prémio Novo Talento recebeu também um prémio em dinheiro de 2000 dólares, cortesia da MDC Music em Toronto. No palco deste prestigiado evento, juntaram-se várias caras conhecidas, incluindo a blogger gastronómica favorita de Providence, Laura Afonso, da Buns and Bites, o cantor Tiny Tavares, da Tavares Brothers Band e Michelle Pais, estrela do programa televisivo de sucesso 24 Hour Flip. No final deste verão, os IPMA começarão a aceitar inscrições para a cerimónia de entrega de prémios do próximo ano.

Inauguração do Studios Kizomba

No passado dia 3 de maio, no 1252 rua de Bleury em Montreal às 19h, deu-se a inaguração do Studios Kizomba Canadá. O evento que contou com os estudantes da denominada ”escola de dança”, figuras das comunidades africanas e canadianas.
A cerimónia foi aberta pelo professor Manuel dos Santos, vulgo Dr. Kizomba, fundador da referida escola, onde destacou a importância e o impacto que a escola terá na promoção da cultura angolana. O mesmo, em consonância com os colaboradores reconheceu a dificuldade de custear e levar a cabo um projecto como este, porém, disseram estar bastantes motivados e continuá-lo.
A Kizomba Canadá tem como objectivo principal: formar e transmitir a arte e a cultura angolana através da dança e música nas diasporas.
Por volta das 22h, depois da abertura da garrafa de champanhe e do buffet aberto, os convidados participaram com fervor e o entusiasmo que só eles são capazes de descrever e ainda mais ao som do DJ. Ponto mais alto da noite foram os sorrisos de ”ALEGRIA” devido ao impacto do bom ambiente que o
lugar promovia aos convidados.
Montreal, cidade de enormes potencialidades, até do ponto de vista cultural é uma metropole extraordinária. Acreditamos que, com muita disciplina é possível em poucos anos transforma-la no berço da dança, nomeadamente angolana.
Aos estudantes e interessados o convite foi extendido no sentido de usufruírem deste projecto de iniciativa angolana.
”QUOI FAIRE À MONTREAL?”
Endereço: 1252 RUE DE BLEURY,
Montreal, QC, Canada, Quebec.
(514) 654-9408 E-mail: drkizomba@gmail.com
Allez y: kizombacanada.com
radiomilongola.wordpress.com

Escrito por António Figuera

Homenagem ao António Reis Fundador das Duas Filarmónicas

Domingo, um dos mais lindos dias e que faz a felicidade de todos os Açorianos religiosos, Domingo do Senhor Santo Cristo dos Milagres na Missão Santa Cruz e que prestou homenagem aos Pioneiros da nossa comunidade, e, um deles foi o meu pai ANTÓNIO REIS.
ANTÓNIO REIS nasceu a 6 de Outubro de 1923 natural da Vila de Rabo de Peixe, São Miguel Açores faleceu no dia 30 de outubro de 2004, casado com Virgínia Sousa Reis deram fruto a 4 filhos Gabriela, João António, Francisca, e Suzette. Sua vida foi repleta de amor e dedicação à família e a cultura.
Grande amigo dos amigos, homem de grandes valores, devoção ao Divino Espírito Santo e a música, homem honesto e humilde sempre pronto para ajudar a quem mais necessitava.
A António Reis se deve a fundação de 2 filarmónicas a Filarmónica Portuguesa de Montreal, junto com António Pacheco e João da Mota, e a fundação da Filarmónica do Divino Espírito Santo da Laval junto com Olímpio Teixeira e Viriato Pacheco. A ele também se deve a compra da primeira Coroa do Divino Espírito Santo na Província de Quebec. Organizou-se a primeira festa do Divino Espírito Santo em 1978 em Santa Therese o primeiro mordomo foi Fernando Lúcio que era o Presidente da Associação Portuguesa de Santa Teresa. Esta homenagem ao meu pai tem muito valor não só para a família REIS mas também para todas as pessoas que sabem dar o valor ao trabalho, esforços e sacrifícios que o meu pai prestou as filarmónicas especialmente a Filarmónica Portuguesa de Montreal o meu pai chegou a hipotecar a casa da rua Berri como garantia na compra dos primeiros instrumentos. É pena que a direção desta Filarmónica nunca soube dar valor ao meu pai ainda há pouco tempo a Filarmónica celebrou os seus 50º Aniversário e a Direção nem enviou um convite a Família Reis. Infelizmente temos pessoas na comunidade que gostam de se fazer grandes à custas do trabalho dos outros.
A Familia Reis quer agradecer à Comissão das Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, Associação Saudades da Terra Quebequente e ao Presidente Roberto Carvalho por esta tão valiosa Homenagem ao meu pai António Reis.
Viva o Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Escrito por Francisca Reis
Foto Humberto Cabral

Pessoas que Dignificam os Cargos

Por vezes vivemos ao lado de pessoas notáveis sem notar a sua presença. Gente que se vai promovendo com mérito próprio, no silêncio, na paciência e na capacidade de superação, sem chamar atenção ou terem necessidade de um palco. São essas pessoas que se tornam grandes e dignificam as comunidades sem que sintam necessidade de avaliar o alcance do que foi feito ou se envaidecerem.
Ensina-nos Elizabete Lesem que “uma alma que se eleva, eleva todo o mundo.” Foi este pensamento que me veio à memória ao saber que, no passado dia 11 de maio, Adelaide de Melo havia sido nomeada, pelo Ministro da Saúde do Québec, Christian Dubé, Membro do Conselho de Administração, Presidente e Diretora Geral do Centro Integrado e Universitário de Saúde e Serviços Sociais do Norte de Montreal.
Como açoriano, sinto-me honrado e feliz com a ascensão de “um dos nossos” a um lugar de responsabilidade desta envergadura.
A meu ver, faz mesmo sentido pensar como Elizabete Lesem: Adelaide de Melo ao elevar-se, elevou-me a mim, aos caros leitores e a toda a comunidade açoriana e portuguesa.
Adelaide de Melo, nasceu na cidade de Montreal no dia 9 de Fevereiro de 1973, filha de António Chico e de Liliana Carvalho, naturais da simpática freguesia da Ribeira Quente, Ilha de São Miguel, Açores. Contraiu matrimónio com Roberto Carvalho com quem tem dois filhos. Obteve um Bacharelato na Universidade Montreal em Gerontologia, Gestão de Serviços de Saúde e Ambiente Clínico. Possui igualmente um Mestrado em Gestão e Desenvolvimento de Organizações pela Universidade de Laval. Desde 2011 tem ocupado diversos postos de gestão e organização do Centre Intégré Universitaire de Santé et de Services Sociaux. Dada a sua experiência estamos confiantes que irá desempenhar, com alto grau de profissionalismo e competência, as funções que agora lhe foram atribuídas.
Não posso deixar de referir que Adelaide de Melo recebeu de sua família, oriunda da Ribeira Quente, uma sólida educação cristã e um valioso património cultural que, indubitavelmente, deixou marca e tem ajudado a que seja a pessoa honesta, humilde, lutadora, exigente consigo mesma e indispensável por onde tem passado a nível profissional e cultural.
Exemplos como este ajudam-nos a mudar mentalidades e nostalgias derrotistas. É possível, com o mérito que vem do trabalho, ver reconhecidas as qualidades de quem se dedica e se dá aos outros.
“Não são os cargos que dignificam as pessoas, são as pessoas que dignificam os cargos”, dizia-me tantas vezes o saudoso Pe. Professor Doutor Octávio de Medeiros, sociólogo. Neste caso em concreto, sei que não existirá exceção à regra.
Desejo as maiores felicidades à Adelaide no exercício das suas novas funções e comungo da alegria da sua família e de toda a comunidade portuguesa em Montreal.

Nossa Senhora de Fátima

Nas celebrações dos 12 e 13 de Maio, em Louvor de Nossa Senhora de Fátima, o mundo inteiro ajoelhou-se aos pés da nossa Mãe. Com a Virgem Maria, reconhecemos o grande poder da fé, que em vez de mover montanhas, nos leva a subir.
Em cada comunidade, espalhadas pelo mundo, celebra-se o dia da rainha de Portugal, coroada pelo rei D. João IV com a sua própria coroa, proclamando-a a verdadeira soberana do país.
Em Montreal, na Missão Santa Cruz, as celebrações tiveram início a 4 de Maio com a novena, seguindo-se sempre com o santo terço.
As flores para o andor de Nossa Senhora, foram oferecidas, por promessa de uma senhora. Os mensageiros da Senhora de Fátima, liderados por Rosa Branco, tiveram-nas sempre em oração.
No dia 12, no início da santa missa, o Senhor padre Adam incensou o relicário que contém as relíquias dos Santos Pastorinhos, Francisca e Jacinto Marto. No final da procissão, os fiéis receberam, individualmente, a bênção com o relicário.
Na procissão das velas, centenas de peregrinos participaram nesta manifestação de fé, em que cada um, levava na mão uma vela e muitos, na outra o terço, porque no percurso, que subiu a rua Clark, passando pela rua Marie-Anne e descendo a Saint Urbain, foi rezado o santo terço por mensageiras de Nossa Senhora de Fátima e ainda pelos jovens Marco Paulo Cunha e Carminda Gama e animado pelo Grupo Coral Santa Cruz. O andor foi levado pelos Romeiros do Quebeque, porque segundo o senhor padre Andre Greki, que foi peregrino, este ano, no rancho dos romeiros da Ribeira Quente, existe uma corrente de oração muito forte, entre os romeiros e a Nossa Senhora. Durante a romaria, em que percorrem a ilha de São Miguel durante 8 dias, a cada passo é rezado uma Ave-maria.
Os Mordomos de Santa Cruz, Fátima e Arthur Sousa participaram na procissão e ainda Roberto Carvalho, presidente da festa em Louvor do Senhor Santo Cristo dos Milagres, a acompanhado por sua esposa Adelaide de Melo. Sábado dia 13, a igreja esteve aberta todo o dia para oração e durante a tarde, o Grupo Coral Nossa Fé, aos pés de Nossa Senhora, ofereceu o Santo terço, cantando lindíssimos cânticos a Maria. Ao encerrar as celebrações, a Santa Eucaristia foi animada pelo Grupo Coral Santo Cristo.
No próximo Domingo, Nossa Senhora acompanhará seu Filho, o Santo Cristo dos Milagres, na sua procissão.

Dia da Mãe no Clube Oriental

O Dia das Mães é uma data comemorativa que homenageia anualmente a figura familiar materna e a maternidade. A data de comemoração varia de acordo com o país. Em Portugal é comemorado no primeiro domingo do mês de maio e no Canadá é no segundo domingo do mês de maio.
Na comunidade portuguesa de Montreal, “normalemente” está sempre festejando este dia tão especial, mas, neste fim de semana o único evento dedicado a mãe foi o Clube Oriental com um programa sensacional. O Conjunto Contacto esteve em fogo,… jogando e fazendo todos dançar até 2 da manhã sem esquecer Marya Santo que foi encantou toda a sala com as suas lindas canções.
13 de maio é um dia importante, de todas as maneiras inimáginaveis, em primeiro lugar é a data comemorativa da aparição de Nossa senhora de Fátima. O segundo é a primeira vaga dos pioneiros que vieram ao Canadá em 1953. E, por isso, José Luís Jacome veio discursar um pouco sobre a imigração dos portugueses para o Canadá. O seu conteúdo era bastante interessante mais a sala não considerou que era importante de notar esta evento, mas acho que os 20 minutos de discurso era o mínimo a dar porque, sem eles, a comunidade não existeria, 20 minutos não é uma eternidade e é importante de dar valor a estes momentos, e ponto final.
Durante a noite, o Clube Oriental ofereceu uma rosa a todas as mães e a mãe mais idosa da sala, um ramo de flores foi oferecida a Alzira Rodrigues, 84 anos, um lindo gesto da direção do Clube.
E, no final tivemos uma noite sensacional, com um jantar cheio de sabores incríveis, boa gentes para festejar o Dia da Mãe. Quero salientar os “jovens” que estão a cargo do bar e que fazem tudo para todos estarem contentes do serviço e eles estavam mesmo a preparar cocktails para os jovens que queriam diferentes sabores nos “drinks”. Parabéns por esta linda noite e até à próxima.

Apresentação Oficial do Novo Vinho,Ribeira Grande, no Portus 360

Em 1999 foi um ano histórico em Montreal, o senhor Emanuel A. Cabral que é uma pessoa bastante simpática, grande apreciador de Porto e admirador de alta gastronomia, iniciou uma aventura: importar e distribuir o que em Portugal há de melhor. Ele abriu uma agência de distribuição e promoção de vinho de Porto com o nome Cabral e o primeiro produto foi o Cabral Tawny 10 anos.
24 anos depois, o Sr. Cabral está de volta em grande com um novo produto, um vinho chamado Ribeira Grande – Dona Julieta. Um vinho de boa qualidade com um preço bastante accesível.
Há alguns tempos já podem o comprar e saborear este vinho, mesmo nas festas portuguesas já está disponível.
Desta vez esta apresentação foi feita num dos mais lindos restaurante português de alta qualidade e gastronómico que é Portus 360 com a bem conhecida senhora Helena Loureiro que chefiou e fez um trabalho impecável com petiscos saborosos, tal como chouriço, polvo, bacalhau, e ostra fescas com acompanhado de um molho incrível.
Neste lançamento houve vários portugueses que representem a comunidade em grande, tal como Diane Borge e Roberto Carvalho mas tivemos o comandante Robert Piché que esteve presente neste evento e que discursou um pouquinho sobre o voo que fez o seu nome e que ficará marcado por muitos.
E, para finalizar foi um 6 à 8 memorável, um prova do vinho, Ribeira Grande, de uma maneira simples mas requintado, muitos dos convidados foram jornalistas e influenciadores.
O que é um influenciador?
Com o desenvolvimento dos “blogs” e das redes sociais, algumas pessoas conseguiram a ser conhecido e ser apreciadas pelos internautas e criar uma rede comunitária. Essas pessoas são chamadas de influenciadores. Dê um “zoom” nesses influenciadores que fazem uma promoção bem feita, e que fazem “chuva e bom tempo na Web”.

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